
O sargento da Polícia Militar do Piauí, Avelar dos Reis Mota, conhecido como sargento Mota, foi condenado a 4 anos, 2 meses e 12 dias de prisão por invadir uma residência e furtar um perfume em Teresina. A condenação foi decidida na quarta-feira (15) pela Vara da Justiça Militar de Teresina.
O furto foi no dia 15 de fevereiro de 2023, por volta das 16h, no bairro Areias, Zona Sul de Teresina. Na ocasião, o sargento estava escalado para trabalhar no bairro Promorar, mas foi até a casa da vítima, com o cabo Wellington da Silva, que dirigia a viatura.
Segundo o processo, o sargento entrou na casa, que ainda estava em construção, sem autorização e sem mandado judicial. Ele usou uma chave falsa e furtou um perfume. Ao sair, tentou danificar a câmera de segurança. Como não conseguiu, cortou os fios de energia.
Em julho de 2023, outra viatura foi até o local. A vítima contou que um policial encapuzado atirou contra a câmera de segurança, destruindo o equipamento. Ela também relatou que, dias após o furto, outros policiais apontaram armas para o local da câmera e fizeram novos disparos.
As imagens das câmeras da casa e de vizinhos foram fundamentais para a condenação. O Ministério Público afirmou que ficou comprovado que o sargento entrou sem autorização e cometeu o furto. Testemunhas e a escala de serviço também confirmaram o crime
Em depoimento, o cabo Wellington da Silva disse que viu o colega entrar na casa sem mandado e trancar a porta ao sair. A Justiça entendeu que o sargento tentou esconder o crime e evitar ser identificado.
A defesa alegou que o sargento foi ao local após ouvir sobre um possível plano contra o filho de um colega militar. Ele afirmou que a porta estava apenas encostada e que ficou pouco tempo na casa. A Justiça, porém, considerou essa versão contraditória diante das provas, principalmente os vídeos.
A defesa também tentou invalidar os vídeos por falta de perícia técnica. O juiz rejeitou o argumento, citando decisão do Superior Tribunal de Justiça que exige prova de adulteração para anular esse tipo de material.
A pena será cumprida em regime semiaberto. O juiz aplicou uma agravante por abuso de poder, já que o crime foi cometido durante o serviço. Os antecedentes criminais do sargento também influenciaram na decisão.
A sentença permite que o sargento recorra em liberdade.
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