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  15:57

‘Poderia ter sido morto’, diz policial sobre disparo que matou suspeito em Juazeiro

O PM criticou a falta de efetivo no GPM e revelou que atuou sozinho pelo dever da profissão

 

Uma ação policial na zona rural de Juazeiro do Piauí resultou na morte de um homem identificado por Valdinar "Bala" na última segunda-feira. Ele era suspeito de roubar uma moto. O tiro partiu da arma do cabo Hagson Aguiar, comandante do Grupamento de Polícia Militar (GPM) de Sigefredo Pacheco. 


Nessa terça (2), Hagson comentou a morte do suspeito através de nota à imprensa. O comandante revelou que durante a noite de segunda recebeu uma ligação do proprietário de uma moto que havia sido furtada em Sigefredo Pacheco durante a Semana Santa. A vítima afirmava ter localizado o suspeito com o veículo.  


Segundo Hagson, não havia policiais de plantão no GPM. “Pelo dever da profissão e o risco dela inerente não me furtei de não atender mais outra ocorrência. É de praxe polícias nos GPM´s trabalharem só e muitas vezes são obrigados atender ocorrências em desvantagem numérica”, criticou. 


O PM alega na nota que agiu em legítima defesa. Ele afirma que estava devidamente fardado e se identificou como policial no momento da abordagem ao suspeito. “O mesmo não atendeu às ordens e sacou da cintura um facão, partindo pra cima do dono da moto. Atirei pra cima como advertência e o elemento continuou a ação, sendo necessário outro disparo pra neutralizar a ação contra o cidadão e a mim”, acrescenta. 


O comandante Hagson Aguiar encerra a nota afirmando que poderia ter sido morto pelo suspeito e por isso reagiu. “Estive numa situação tensa e poderia entrar nas estatísticas de morte de policiais tão comum hoje em dia”, encerra. 


Investigação 
Após o disparo, Hagson Aguiar de apresentou a Delegacia Regional de Campo Maior. Nessa terça testemunhas foram ouvidas e o comando do 15ª BPM instaurou uma investigação para apurar a atuação do PM. 


Ao Em Foco, o comandante do 15º Batalhão, Major Etevaldo Silva, afirmou que "Será aberto um inquérito policial em nível de Batalhão, para apurar as circunstâncias da morte". 

Por Otávio Neto

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