
Desde que Professor Ribinha (PT) assumiu a prefeitura de Campo Maior já se foram três meses. Eleito com o projeto político do ex-prefeito Paulo Martins, ele busca dar continuidade ao modelo de administração do antecessor, mas demostra que pretende também acrescentar um “tempero” próprio. Administrar o município tem sido mais difícil que ele imaginava.
‘Vai encontrar a casa bem mais arrumada que encontramos’, era o lema principal da campanha petista de outubro do ano passado. ‘Ribinha vai ter a grande oportunidade de desenvolver o município porque vai achar tudo em seu lugar’, bradavam. Não foi bem assim.
Pediu 100 dias para programar a administração logo ao tomar posse. A alegação: deixava o cargo de secretário de educação para assumir uma cidade de 46 mil habitantes. Passados 90 dias no palácio, Professor Ribinha confessa que ser prefeito é mais difícil que enfrentar a sala de aula.
“Não tem sido fácil. Na campanha eu já imaginei a dificuldade porque já tinha essa experiência com gestão – como vereador e secretário. Eu imaginava que seria difícil. Mas já conclui que é mais problemático ainda”, expressa. Logo em seguida afirma que poderia ser pior se não contasse com a colaboração da equipe de gestão.
O início
Não é eufórico nas palavras e muito menos nas ações. Contido, Ribinha prefere caminhar devagar. A crise econômica lhe amedronta. Em três meses, prefere manter apenas os serviços essenciais em funcionamento. Entende que não é hora de falar em obras.
Na formação da equipe é ainda mais cauteloso. Tem empossado a base de apoio nas pastas por “parcela”. Ainda resta uma bateria de coordenadores e diretores para ser investido nos cargos.
A relação com a Câmara Municipal é das melhores. É simpatizado pela oposição. Deve-se a isso a escolha do secretário de relações institucionais. Carlos Torres parece ser a melhor escolha de Ribinha até agora. Já conseguiu a aprovação da reforma administrativa sem o rugido da oposição e mantém contrato de paz para outros projetos.
Críticos ele tem encontrado mesmo dentro do próprio partido. O presidente do diretório municipal do PT, Raimundo Pereira não esconde a opinião de que Ribinha deveria ter formado a equipe nos meses que antecederam sua posse. “Já poderia ter começado com todos os nomes certos”.
Futuro
O prazo de 100 dias requisitado por Ribinha começa dar impressão que se estenderá. A população terá que esperar mais um pouco. A obra do açude, por exemplo, tem tirado o sono do novo gestor. Com as finanças regradas, se torna cada vez mais difícil a conclusão do projeto de urbanização.
As previsões de Ribinha é que apenas no segundo semestre a administração ouse a dar passos mais largos. Ele deseja que até as condições do país tenham melhorado, a economia mais fixada e que os investimentos sejam possíveis com a confiança necessária. Há a chance da opinião pública não esperar até lá.
Assim que os cargos estiveram com seus devidos administradores não restarão mais desculpas. Será hora de o gestor vestir a couraça de prefeito, calçar as sandálias da ação.
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