Entre no
nosso grupo!
WhatsApp
  RSS
  Whatsapp

  17:37

Quem são os 7 faccionados mortos ao se confrontar com a PM em Canindé-CE

  Liedson, Francisco Anderson, e Francisco Eliedison Sousa Alves.

Entre os sete faccionados do Comando Vermelho (CV), que morreram ao se confrontar e atirar contra a polícia, na madrugada de sexta-feira (31), dois eram deles eram adolescentes de 16 anos de idade.

Cinco tinham entre 18 e 22 anos  e todos, segundo a Polícia, vinculados ao CV e estariam tentando tomar a região, dominada pela facção Terceiro Comando Puro (TCP), adversária do CV desde o Rio de Janeiro. Os criminososo foram interceptados por composições do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (Bepi) e do Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio).

Garrafas de cerveja pelo chão e pichações do Comando Vermelho (CV) foram vistas nas paredes das casas onde o confronto aconteceu, no cruzamento entre as ruas Recife e Ercílio Martins, no bairro Campinas.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostravam integrantes do grupo caminhando em uma região de mata. A maioria deles portava arma de fogo. 

Foi a quarta tentativa do grupo de confrontar os rivais do crime organizado, segundo a polícia. A maioria dos mortos mora em Caridade, com pouco mais de 22 mil habitantes, a aproximadamente 20 quilômetros de distância de Canindé, e já havia estado na cidade outras vezes para pichar muros com dizeres do Comando Vermelho.

Policiais teriam visto os suspeitos um dia antes, na quinta-feira (30), por volta de 18 horas, mas eles teriam fugido para uma região de mata. De madrugada, foram encontrados.

QUEM SÃO OS MORTOS?
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a polícia apenas revidou o ataque dos suspeitos, que investiram contra os policiais quando perceberam a aproximação deles. 

VEJA A LISTA

  1. Antônio Carlos Ferreira Teixeira, 19 (natural e morava em Caridade)
  2. Francisco Anderson Duarte Tavares, 18 (natural e morava em Caridade)
  3. Liedson da Silva Rodrigues, 19 (nasceu em Canindé e morava em Caridade) - responde a um processo por homicídio.
  4. Paulo Roberto Oliveira de Lima Cavalcante, 22 (natural de Sobral e morava em Canindé)
  5. Francisco Eliedison Sousa Alves, 18 (natural de Canindé e morava em Caridade)
  6. Adolescente, 16 (não será identificado)
  7. Adolescente, 16 (não será identificado)

Montagem de fotos mostra quatro dos sete suspeitos mortos em Canindé.

POLÍCIA E FAMILIA DOS FACCIONADOS DIVERGEM

Na nota enviada à imprensa, a SSPDS informou ainda que os sete suspeitos foram socorridos e levados a uma unidade hospitalar, "onde foram a óbito". Clediane Oliveira de Lima, mãe de Paulo Roberto, um dos mortos, afirma, no entanto, que ouviu de um servidor do hospital que todos já haviam chegado sem vida.

"Mandaram mensagem para o celular do meu menino informando que ele [Paulo] tinha sido baleado e estava no hospital. Isso era quatro horas da madrugada. Saí com meu menino, fui para o hospital, chegando lá, perguntei para o rapaz da portaria se tinha chegado alguém baleado. Ele disse que não, que tinham chegado cinco mortos. Pedi para ver se era o meu, implorei. Ele me deixou entrar e eu confirmei. Vi que era o meu Paulo Roberto que estava morto".


Sem confirmar que sabia que o filho havia se associado a uma organização criminosa, a mãe contou que recentemente ele se afastou da igreja e que chegou a ser detido uma semana atrás, mas foi liberado no mesmo dia. "Estava com três dias que eu não via ele, mas ontem, ele veio me visitar. Parecia que queria se despedir", desabafou a mulher.

Já a irmã de um dos adolescentes mortos, que preferiu não se identificar à reportagem, contou que foi acordada às 2 horas da madrugada com o telefonema da cunhada, companheira da vítima.

"Minha cunhada ligou para mim porque um deles entrou em contato com ela, no mato. Ele estava no mato, conseguiu escapar dos policiais, e entrou em contato falando que estava baleado e que eles [policiais] tinham matado meu irmão", relatou.

Segundo a familiar, o suspeito afirmou ainda que o grupo havia se rendido.

"Esse que estava no mato tinha falado que tinham se entregado e que os policiais não respeitaram e mataram todos eles. Eles se entregaram, mas não respeitaram e mataram todos os sete", disse ela.

ENTENDA O CASO
Os sete suspeitos de integrar o Comando Vermelho foram mortos em Canindé, na madrugada desta sexta-feira, em suposto confronto com a polícia. O governo estadual informou que os criminosos estavam preparados para atacar rivais do Terceiro Comando Puro e tentar tomar territórios dominados pela outra facção.

VEJA TAMBEM

Três dias depois do Rio, PM do Ceará também faz operação e mata 7 faccionados em Canindé-CE; fotos

Segundo a PM, os homens efetuaram disparos e lançaram dois artefatos explosivos contra os agentes de segurança. Um dos criminosos teria tentado fugir em um veículo Fiat Palio prata, por uma via carroçável, mas foi alcançado pelos policiais e também morto em troca de tiros.

Nas redes sociais, o governador Elmano de Freitas comemorou a ação policial e destacou que a polícia "reagiu à altura". "A polícia foi ao local e foi recebida com tiro. Gente com fuzil, arma perigosa. E as sete pessoas que estavam lá, atirando, evidentemente, se fazem isso com a polícia, imagine com o cidadão de bem que está naquela rua", alegou.

A atuação das forças de segurança cearense foi elogiada pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que, recentemente, autorizou uma megaoperação contra o CV que resultou na morte de cerca de 120 pessoas. "O episódio de hoje mostra, mais uma vez, que essa é uma guerra que não tem fronteiras e exige união entre os estados. No Rio de Janeiro, temos agido com a mesma firmeza, colocando o Estado nas ruas, retomando territórios e enfrentando o narcoterrorismo de frente", comentou o gestor fluminense.

Mais de Brasil