Joabe da Silva Aguiar, foragido há 9 anos do sistema prisional piauiense, foi preso em Belém, no estado do Pará. Conhecido como “Velho Coroa”, ele seria responsável por comandar homicídios, ordenar execuções e atuar como líder criminoso em pelo menos cinco cidades piauienses.

A prisão aconteceu na manhã desta terça-feira (9). Joabe estava foragido desde 2016, quando escapou da Penitenciária de Bom Jesus. A polícia informou que o homem utilizava identidade falsa, além de ser detido com R$ 15 mil em espécie.

Segundo a delegado-geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, o suspeito era alvo prioritário das forças de segurança devido à alta periculosidade e à habilidade de se esconder em diferentes estados utilizando identidades falsas.

Segundo o delegado Charles Pessoa, do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), a localização do foragido foi um trabalho articulado entre diversos órgãos de inteligência.

“Ele protagonizou uma série de crimes em Avelino Lopes, Bom Jesus e todo o extremo sul, sendo vinculado à organização criminosa Comando Vermelho e com diversos mandados de prisão em aberto", explicou o delegado.

O suspeito atuava simultaneamente no Piauí, Goiás, São Paulo e Pará, determinando execuções à distância. “Todas as vezes que havia homicídios na região de Avelino Lopes e Corrente, o mando partia do Joabe”, explicou.

O delegado destacou ainda que o preso possuía vínculos com mais de uma facção criminosa e chegou a mudar de grupo ao longo dos anos.

“Para você ter ideia do grau de periculosidade, ele já foi de uma facção, brigou com lideranças da região e foi para outra, sempre mantendo posição de liderança”, afirmou.

"Essa prisão só foi possível graças a um trabalho integrado de inteligência. O compartilhamento de informações entre as forças policiais foi determinante para localizarmos e prendermos o criminoso em Belém", completou Charles.

A ação contou com a ajuda das polícias piauienses, além do Grupo Antissequestro da Polícia Civil de Goiás, do Laboratório de Operações Cibernéticas e da Polícia Civil do Pará.