Entre no
nosso grupo!
WhatsApp
  RSS
  Whatsapp

  14:46

Desembargador convoca paralisação do país após prisão de Bolsonaro

Aliado de Jair Bolsonaro (PL), o desembargador aposentado Sebastião Coelho usou as redes sociais para convocar apoiadores do ex-presidente para uma paralisação em prol da anistia do político, preso nesse sábado (22/11), na sede da Polícia Federal (PF).

Em sua página do Instagram, o ex-magistrado instrui seguidores em relação a como a paralisação deve ser feita e diz que esse é “o caminho que restou”.

“Nós já fizemos tudo o que estava ao nosso alcance até aqui, sem qualquer resultado. E qual é o objetivo? A anistia. Anistia ampla, geral e irrestrita para todos do 8 de Janeiro e para o presidente Bolsonaro, que representa a todos. Qual é o destinatário dessa paralisação? O Congresso Nacional, que está de costas para o povo brasileiro”, declarou.

Segundo Coelho, todos os serviços devem aderir à greve, exceto bombeiros, hospitais e ambulâncias: “Os demais, tudo pode parar. Você vai me perguntar: ‘Será uma paralisação total, nacional?’. De início, dificilmente. A paralisação deve ser por setores. Quem é líder de um setor, chama a paralisação no seu setor. A partir disso, outros vêm para agregar, para somar”.

“A partir dessa união de todos nós, poderemos resgatar o nosso país. Conterrâneos, vocês sabem que todas as ditaduras contam com o apoio do Poder Judiciário para dar aquela roupagem de legalidade. No mundo todo. Mas no Brasil a ditadura é o próprio Poder Judiciário. Nós não podemos mais aceitar isso”, disse.

Sebastião indagou, ainda, até quando apoiadores ficarão de “braços cruzados” “esperando o país afundar”. “Até quando vamos acatar, ficar quietos vendo um capitão do Exército preso na Polícia Federal, quando deveria estar preso em uma unidade do Exército brasileiro? E o comandante do Exército, calado, de cabeça baixa. Essa é a hora, meus irmãos. Paralisação já”, pontuou.

“Reação a altura”

No sábado (22/11), horas após a prisão de Bolsonaro, o desembargador aposentado também usou as redes para clamar a apoiadores do ex-presidente uma “reação à altura”.

O magistrado também classificou a ordem da prisão como “intolerância religiosa e abuso de poder”.

“Então, brasileiros, chegou a hora. Não temos mais o que esperar. Esse é o momento da nossa reação. Vamos conversar, nos articular e vamos para uma reação pacífica, mas forte, na altura desse arbítrio que está sendo cometido”, convocou o magistrado aposentado.

Segundo Coelho, a prisão de Bolsonaro também sinaliza que os oficiais generais das Forças Armadas, do Exército e da Marinha poderão ser levados para prisões comuns, “violando, mais uma vez, o Estatuto dos Militares”.

“A prisão do presidente Bolsonaro é, a um só tempo, intolerância religiosa e abuso de poder. Intolerância religiosa, porque a Constituição nos assegura o direito de oração dentro dos templos e ao ar livre. Abuso de poder, porque viola o artigo 73, parágrafo único, letra C, da Lei nº 6.680, que é o Estatuto dos Militares”, começou.

Leia também- Na prisão, Bolsonaro recusa comida da PF e recebe refeições levadas por familiares

Bolsonaro preso: entenda as regras para o uso de celas especiais, como as salas de Estado-Maior

“Desde a prisão domiciliar do presidente Bolsonaro, em 4 de agosto, nós fizemos várias vigílias naquele mesmo local onde o senador Flávio Bolsonaro (PL) fez o vídeo. No mesmo horário, às 19h. Não tem qualquer novidade. Essa é apenas mais uma desculpa do senhor Alexandre de Moraes, [que está] violando os direitos fundamentais de Jair Bolsonaro”, declarou.

A prisão

Bolsonaro foi preso pela Polícia Federal (PF), em Brasília (DF), por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O pedido de prisão foi feito a Moraes pela PF. A corporação alegou risco de fuga do ex-presidente durante a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro, que seria realizada em frente ao condomínio do pai.

Na decisão em que autorizou a prisão, Moraes também cita que Bolsonaro violou a tornozeleira eletrônica, por volta da 0h deste sábado, de acordo com monitoramento.
 

Fonte: Metrópoles

Mais de Política