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  23:43

Adolescente de 17 anos envolvimento em estupro de artista circense é apreendido

 Foto: Reproduções

A Polícia Civil apreendeu, nesta sexta-feira (29), o adolescente de 17 anos suspeito de estuprar a artista circense Camila Gomes, durante um assalto a um circo em Central do Maranhão, cidade a 68 km de São Luís. O crime aconteceu na última sexta-feira (22).

Ele foi apreendido na Zona Rural de Guimarães, cidade a 70 km de São Luís. Após ter sido localizado, ele foi levado de helicóptero com apoio do Centro Tático Aéreo (CTA) para São Luís, onde prestou depoimento.

Leia mais- Três suspeitos de envolvimento no assalto em circo e estupro de artista circense são presos

De acordo com o delegado Paulo Franco, após localizar seu paradeiro, o adolescente se entregou à polícia após uma negociação com familiares do suspeito.

"Durante a investigação foi descoberto que esse adolescente ainda se encontrava na região de Central e foi descoberto o lugar onde ele estava. Foi iniciada uma negociação com os familiares para que ele se entregasse", explicou o delegado Paulo Franco.

O adolescente foi reconhecido após ter retirado a máscara durante o ato criminoso, permitindo que a vítima o reconhecesse. A vítima disse ainda que ele chegou a atirar contra ela e cometeu o crime na frente da filha, de 1 ano.

"Eles [criminosos] chegaram pedindo dinheiro e saíram me arrastando pelos cabelos, enquanto outro me levou para dentro do trailer onde estava minha filha, de 1 ano, dormindo. [...] Ele deu um tiro. Eu senti Deus comigo. Deus fez ele errar a bala para não acertar em mim. Ele botou uma arma na minha cabeça e atirou. No momento, eu só sabia passar a mão na minha filha e na minha cabeça, pra saber se tinha pegado. [...]Eu fiquei em choque. [...] Estou tentando ser forte, pela minha família, por mim também, mas não vou dizer que estou bem", relatou Camila, em um post nas redes sociais.

De acordo com a Polícia Civil, além do adolescente, foram cumpridos dois mandados de prisão de outros suspeitos de participar do assalto ao circo. A expectativa, é que um quinto suspeito de envolvimento deve se entregar as autoridades neste sábado (30).

Segundo o advogado do suspeito, ele está em Cururupu e deve se apresentar na delegacia. “O advogado deste quinto indivíduo fez contato com a polícia e disse que irá apresentá-lo ainda neste sábado, lá em Cururupu, onde será dada voz de prisão a ele”, disse o superintendente de Polícia Civil do Interior, delegado Ricardo Aragão.

Prisões

Na quinta-feira 28), outros três suspeitos foram presos pela Polícia Civil por participação no crime. A informação foi confirmada pelo governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB).

Ao todo, oito pessoas foram apontadas por participação no crime. Destes, dois estão presos e foram levados para a Unidade Prisional de Pinheiro, no interior do Maranhão.

Segundo a polícia, outros dois menores de idade foram apreendidos, que serão encaminhados para um Centro Socioeducativo em São Luís. As investigações ainda estão em andamento e a polícia segue procurando os demais envolvidos no crime.

Familiares agredidos e circo roubado

Ao todo, os familiares contam que cinco homens participaram da ação criminosa que aconteceu por volta das 23h, cerca de 40 minutos após o fim do último espetáculo. Estavam no local a família, que é dona do circo, e alguns funcionários.

Armados e muito agressivos, os criminosos invadiram o local e roubaram dinheiro e objetos pessoais. Após o assalto, dois dos bandidos arrastaram uma das vítimas para um trailer do circo e estupraram a jovem que é artista circense, mãe, e se apresenta no local.

Além da jovem que foi estuprada, algumas outras pessoas foram agredidas pelos bandidos, dentre eles, dois idosos que são pais dos donos do circo. Uma das vítimas tem alzheimer e teve ferimentos.

Até o momento, a Polícia Civil informou que conseguiu recuperar parte dos itens roubados, mas nenhuma prisão foi efetuada. Ao todo, seriam cinco criminosos que participaram do assalto ao circo.

Circo decidiu sair da cidade

A vítima do estupro foi ouvida na Delegacia de Cururupu e recebeu atendimento médico na cidade de Pinheiro. Ela está sob cuidados, tomando antivirais para evitar infecções sexualmente transmissíveis e receberá acompanhamento psicológico online, já que a família não possui endereço fixo e vive de forma itinerante.

Por conta do trauma e do medo gerado pelo crime, o circo também cancelou as apresentações restantes que faria em Central do Maranhão e decidiu deixar a cidade.

Família pede justiça

O circo onde aconteceu o crime pertence a uma família que é natural do Pará. Eles estavam em turnê por cidades da baixada maranhense. Em entrevista ao JM1, Poliana Ostok, mãe da vítima e dona do circo, afirmou que a família está traumatizada após o caso e pediu justiça.

"Nesse momento a gente só se sente indignado, revoltado. A gente está se sentindo impotente perante essa situação que nunca na minha vida passou e não tem relato de nenhum circo ter passado por isso. A gente fica muito triste, que a cidade do Maranhão, a baixada, vem acontecendo tanta atrocidade. A gente sabe que não somos a primeira família a passar por esse tipo de situação, mas a gente clama pela Justiça, que as autoridades tomem providência", disse Poliana Ostok.

 

Fonte: G1

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