Já está tudo pronto para a circulação do Foge Homem #7. Porém, ao se iniciar a mídia eletrônica da nova edição, alguns leitores criticaram a capa da edição, que traz estampada a frase “13 de março de 1823” e o subtítulo “o dia que o Brasil não pode esquecer”. A capa apresenta um destaque para o número 13, em letras garrafais, com a alusão ao mês e ao ano em baixo do número 13, na cor vermelho. Logo abaixo vem o subtítulo, em letras brancas. O fundo é um chapado preto. Os outros detalhes da capa são o título do jornal “Foge Homem” e uma barra com as informações da edição e o slogan do jornal. Bem ao topo está uma caixa em branco com a informação: “ESPECIAL: BATALHA DO JENIPAPO”. São estas as informações contidas na capa da sétima edição do Foge Homem. A direção do periódico divulgou uma nota esclarecendo os questionamentos; CONFIRA:

 

Ao iniciar a campanha de divulgação da nova edição, estampado a nova capa nas redes sociais, alguns comentários surgiram, questionando que a capa era uma indicação partidária, no caso, do PT, que em sua legenda é representado pelo número 13. Reconhecemos que o olhar de cada um é único e subjetivo, assim a arte nos leva a ver muitas coisas. Nossa imaginação também pode nos conduzir a interpretar um projeto artístico de muitas formas. Esse é o poder da arte e o poder de nossa mente em pensar de formas variadas. Ninguém comete crime ao interpretar arte de modo subjetivo. Também entendemos que a proximidade das eleições potencializa esse tipo de ligação e interpretação. Assim, as pessoas podem ver no “13 de março” o “13 do PT”. O Foge Homem não ver nenhum problema nisso.

 

Qual foi a intenção do Foge Homem em criar a capa atual? Vamos explicar ao nosso leitor o desenho da capa da edição número 7, destacando os elementos mais polêmicos:

 

Fundo Preto:

 

O fundo preto é uma representação do terror daquele fatídico acontecimento para os campo-maiorenses. Na batalha, não temos um número preciso de mortos, mas o numero que se apresenta nas bibliografias varia de 200 a 400 mortos, a maior parte, de habitantes da Vila de Campo Maior. O preto é uma cor que representa o caos, a calamidade e as trevas. É muitas vezes retratada como uma cor sombria. O fundo preto da capa procurou retratar exatamente isso, o luto de Campo Maior pelos mortos da guerra.

 

O “13 de março de 1823”:

 

Esse foi o elemento mais polêmico. O 13 em destaque procura destacar o dia exato do acontecimento da batalha do Jenipapo. Perceberá o leitor que as matérias do professor Assis Lima e do Pr. Marcus Paixão são enfáticas em destacar a importância que essa data representa para o Brasil. São artigos críticos, na verdade, são artigos que criticam de certa forma a atuação dos governos do PT em relação ao dia 13 de março. Por isso o 13 em letras gigantes, porque a ideia era deixar esse dia em evidencia.

 

Já a frase que segue abaixo do número 13 “de março de 1823” foi desenhada em letras maiores para não diminuir o destaque do dia 13. Não é a nossa intenção destacar o mês de março e seus 31 dias (que ironicamente é um 13 ao contrário). Não vamos reivindicar que o dia 10 ou o dia 20, ou 30 de março tenha relevância. Nossa disputa é que o governo reconheça o que aconteceu no dia 13. Da mesma forma de raciocínio segue o destaque menor para o ano de 1823. O que o jornal deseja ressaltar é que toda a data “13 de março de 1823” como consta em nossa bandeira estadual, é de grande valor e importância, por isso está na capa do Foge Homem. Entretanto, o dia 13 em especial é o nosso alvo.

 

O Vermelho das letras:

 

A cor vermelho também foi questionada, mas uma vez sendo identificada de forma político-partidária. O vermelho é uma alusão ao sangue, já que universalmente o vermelho é associado ao sangue, a lutas e morte. O vermelho, na capa, está associado a valentia de guerreiros que derramaram seu sangue na independência do Brasil em Campo Maior.

 

O subtítulo “O dia que o Brasil não pode esquecer”.

 

O subtítulo serve para barrar qualquer interpretação equivocada, pois o 13 garrafal da capa é explicado aqui “o dia que o Brasil não pode esquecer”. Não é uma referência à sigla partidária, mas uma clara indicação de que estamos retratando o dia 13 de março. Nunca um partido político.

 

Esta nota significa que o Foge Homem respeita seus leitores e considera justo uma explicação da arte e ideia da polêmica capa. O Foge Homem não é um jornal ligado a nenhum partido politico, é um jornal que tem a tarefa de publicar artigos relacionados à história e cultura de Campo Maior. Como um veículo de informação de grande acesso, entendemos que nossa participação junto a sociedade deve ser sempre com todo respeito e isenção partidária.

 

 

Direção Geral