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  11:08

ALTOS/PI: Detento que cumpriu pena na cadeia morre após complicações da leptospirose

Procurada, a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) informou que  não é de sua responsabilidade o acompanhamento de  presos que estão no regime  domiciliar. 

 Com Informações: Cidade Verde

Mais um preso que cumpria pena na Cadeia Pública de Altos morreu após complicações do surto de uma infecção que atingiu a unidade prisional no último mês de maio. Vicente de Paula Rodrigues Alves, de 26 anos, que estava em prisão domiciliar há cerca de quatro meses, morreu no último dia 01 de novembro, em decorrência de leptospirose.  Ele é o sétimo preso que morreu em decorrência da doença.

Vicente chegou a ser internado no Hospital Getúlio Vargas (HGV) e em outros hospitais, antes de receber a progressão de regime, e se recuperava em casa. A informação foi confirmada pela articuladora do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Maria Conceição da Silva, que acompanhou o caso e denuncia que ele não recebeu acompanhamento após deixar o sistema prisional, mesmo com a confirmação do diagnóstico. 

"Não recebeu nenhum acompanhamento. Estava em casa jogado às traças. Ele estava morando com a avó, que já tem 72 anos de idade. Também não se alimentava direito e estava bastante debilitado", relatou.

Dias antes de morrer, Vicente de Paula chegou a realizar exames em um hospital particular, mas não chegou a receber os resultados. De acordo com Maria Conceição da Silva,  uma das causas da morte registrada na certidão de óbito foi insuficiência respiratória aguda, em decorrência da leptospirose. 

Procurada, a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) informou que  não é de sua responsabilidade o acompanhamento de  presos que estão no regime  domiciliar. 

O surto 

Entre maio e julho deste ano, pelo menos outros seis detentos da cadeia pública de Altos morreram vítima de uma infecção contraída na unidade prisional. A suspeita é que os detentos tenham sido contaminados pela exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, por meio do contato com água, solo ou alimentos contaminado. 

Outros detentos precisaram ser internados em hospitais da rede pública estadual para tratar dos sintomas ocasionados pela infecção. 

De acordo com a Secretaria de Justiça, agora, cerca de cinco meses após o início do surto, a situação já está sob controle.