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  22:39

EMPURRE SUA VAQUINHA

Nós não somos feitos pra sobreviver com migalhas, (migalhas de amor, migalhas de amizades, migalhas de afeto, migalhas de sentimentos) nós merecemos mais

 

Muitas vezes estamos diante de uma dificuldade que é tão grande, mas tão grande que acabamos usando as nossas ótimas reservas de forças e, mesmo assim, chegando ao fundo do poço. E, muitas circunstâncias podem nos levar ao desânimo e ao “fundo do poço”, às vezes é um problema na família, ou de saúde, de trabalho, de relacionamento, de amor mal resolvido, ou outros que às vezes fogem ao nosso controle. Se pensarmos bem, o fundo do poço às vezes é muito bom, pois enquanto permanecemos boiando na superfície não saímos do lugar. Mas quando chegamos ao fundo do poço podemos dar um impulso e tomar pé, de forma a voltarmos à tona, respirar fundo e nadar até a margem.  Mesmo que estejamos muito cansados de lutar, sempre haverá uma possibilidade de encontrar uma mão amiga em quem nos apoiar.

 

Conheço muitas histórias de pessoas que conseguiram recomeçar das cinzas, que saíram do zero e começaram de novo. Justamente porque enquanto tinham migalhas, se contentaram com elas e não procuram o muito. Nós não somos feitos pra sobreviver com migalhas, (migalhas de amor, migalhas de amizades, migalhas de afeto, migalhas de sentimentos) nós merecemos mais, Desde que também demos mais.

 

É o que nos mostra a metáfora abaixo.

 

Um Mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita. Chegando as sítio constatou a pobreza do lugar, sem calçamento, casa de madeira, os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas... então se aproximou do senhor aparentemente o pai daquela família e perguntou:

 

- Neste lugar não há sinais de pontos de comercio e de trabalho; como o senhor e a sua família sobrevivem aqui?

 

E o senhor calmamente respondeu:

 

- Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos e a outra parte nós produzimos queijo, coalhada, etc...; para o nosso consumo e assim vamos sobrevivendo.

 

O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, depois se despediu e foi embora. No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou:

 

- Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a, jogue-a lá em baixo.

 

O jovem arregalou os olhos espantado e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família, mas, como percebeu o silencio absoluto do seu mestre, foi cumprir a ordem. Assim empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer. Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante alguns anos e um belo dia ele resolveu largar tudo o que havia aprendido e voltar naquele mesmo lugar e contar tudo aquela família, pedir perdão e ajudá-los.

 

Assim fez, e quando se aproximava do local avistou um sítio muito bonito, com arvores floridas, todo murado, com carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou triste e desesperado imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver, "apertou" o passo e chegando lá, logo foi recebido por um caseiro muito simpático e perguntou sobre a família que ali morava há uns quatro anos e o caseiro respondeu:

 

- Continuam morando aqui.

 

Espantado ele entrou correndo na casa; e viu que era mesmo a família que visitara antes com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha):

- Como o senhor melhorou este sítio e está muito bem de vida???

 

E o senhor entusiasmado, respondeu:

 

- Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu, daí em diante tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos, assim alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora.

 

Ponto de reflexão:

 

Todos nós temos uma vaquinha que nos dá alguma coisa básica para sobrevivência e uma convivência com a rotina. Descubra qual é a sua. E empurre sua vaquinha morro abaixo. Ou vá ao fundo do poço para tomar pé e subir com êxito.