
O cabo Samuel de Sousa Borges, do Batalhão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (BPRone), foi baleado e morreu na frente do filho, próximo a uma escola Dom Barreto do Jockey, na Zona Leste de Teresina, no início da tarde desta sexta- feira (1º). De acordo com o delegado Willame Moraes, da Divisão de Inteligência e Captura (Dicap), o crime aconteceu após uma discussão de trânsito e o suspeito foi espancado por populares, em seguida preso.
Samuel de Sousa, 30 anos, era lotado na Cavalaria da Polícia Militar do Piauí e foi atingido por três tiros, um deles na cabeça. O suspeito de matar Samuel é um policial militar do Maranhão, identificado como Francisco Ribeiro dos Santos Filho.
Samuel de Sousa
Segundo Willame Moraes, a motivação do crime ainda é apurada. “Nós temos testemunhas oculares que viram o exato momento da discussão e a ocorrência dos tiros. Por enquanto só sabemos a versão do autor. Ele disse que estava sendo perseguido pela vítima, que se identificou como policial militar, houve uma discussão e ele acabou por matar o outro policial. Mas não acreditamos nisso, porque a vítima estava com uma criança, o próprio filho, ao lado”, comentou o delegado.
Após ser levado para a Central de Flagrantes, o suspeito foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levado para atendimento médico devido aos ferimentos sofridos após o crime, quando algumas testemunhas o agrediram.
Investigação
O delegado geral Lucy Keiko revelou que seguranças da escola ainda intercederam na briga entre os policiais e tentaram acalmar o suspeito. "Nessa hora o PM do Maranhão guardou a arma, mas por algum motivo sacou novamente e atirou contra o outro policial. Aparentemente uma discussão boba e por motivo fútil", contou.
De acordo com Lucy Keiko, testemunhas contam ter visto os policiais discutindo no trânsito nas proximidades e depois seguiram de moto até a porta da escola, onde aconteceu o crime. O policial do Maranhão foi preso com uma pistola e um revólver 38, em situação irregular, porque não estava em seu nome.
"Já outras pessoas falam que a vítima ameaçou denunciar o policial maranhense na Corregedoria. Ele foi encaminhado ao hospital, porque ficou ferido após ser agredido por populares, e depois será ouvido", informou.
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