Sem a quantidade necessária de sete vereadores, a sessão desta terça (11) na Câmara Municipal de Campo Maior não aconteceu. Sob pressão popular devido a possibilidade da derrubada do veto que eleva o subsídio dos parlamentares em 42%, oito vereadores não compareceram. Sem coro, a sessão foi cancelada. 

Se por um lado os vereadores não chegavam, aos poucos o plenário da Câmara ganhou volume com a presença de populares que pretendiam acompanhar a votação polêmica. Com apenas cinco parlamentares (Josenaide Matos, Fernando Miranda, Luis Lima, Paiva e João Maroca), a presidente da casa explicou a impossibilidade da realização da sessão. 

“Sejam Bem Vindos. Obrigado pela presença de vocês. Mas infelizmente não temos coro para abrirmos a sessão ordinária. Para abrirmos precisaríamos de ter no mínimo sete vereadores. Nós estamos em cinco. A gente não pode fazer a sessão hoje. Gostaria de pedir desculpa. Os vereadores presentes estão livres”, disse Josenaide Matos. 

A polêmica 
Nesta terça (11) deveria ser votado a derrubada do veto do prefeito Paulo Martins ao Projeto de Lei que aumenta o salário dos vereadores de sete para 10 mil reais. Caso fosse derrubado, o projeto seguiria para sanção. Porém, a mobilização popular nas redes sociais inibiu os parlamentares.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a matéria deveria ir à votação e havia grande possibilidade da derrubada do veto, mesmo o executivo possuindo maioria na casa. A pressão popular, contudo, fez com que a maioria dos vereadores não comparecesse ao plenário. 

A fonte comenta ainda que os vereadores seguem divididos se o veto deve ser levado à votação. Enquanto boa parte defende a permanência do veto, outros acreditam que a votação deve acontecer.