O governo Lula analisa se prestará auxílio às famílias dos 117 suspeitos mortos na megaoperação policial realizada pela administração de Cláudio Castro no Rio de Janeiro.
A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, tem se manifestado pelo apoio formal da União aos familiares. O Palácio do Planalto, no entanto, vê com cautela um maior envolvimento do governo federal nessa questão.
Há o receio de que a iniciativa faça a opinião pública associar a administração Lula ao tráfico e ao crime organizado. Diante do impasse, o mais provável, hoje, é que a União não forneça assistência às famílias. Há também a avaliação de que tal iniciativa teria de ser oferecida pelo governo estadual, responsável pela incursão nas favelas.
Visita ao Rio
Macaé Evaristo visitou na manhã da última quinta-feira (30/10) o Complexo da Penha, na zona norte da cidade, para ouvir moradores sobre as ações relacionadas à megaoperação.
A titular da pasta classificou a operação como “um fracasso”. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também participou da agenda.
A posição oficial do governo
A coluna publicou esta reportagem com base em informações de servidores do Ministério dos Direitos Humanos que atuam diretamente com a ministra Macaé Evaristo. Após a publicação, a assessoria de imprensa da pasta emitiu uma nota negando que tenha cogitado prestar assistência às famílias dos mortos.
Segue, abaixo, a nota:
“O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) esclarece que não procede a informação. A visita da ministra Macaé Evaristo ao estado teve como principal objetivo a articulação para retomada imediata dos serviços públicos de educação, saúde e assistência social nas áreas impactadas.
Informamos ainda que o MDHC abriu um canal específico no Disque 100 para receber relatos das comunidades impactadas pelas operações.”





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