
Traficantes do Comando Vermelho (CV) passaram a esconder explosivos em barricadas para atacar as forças de segurança. No mês passado, na Favela do Barbante, na Ilha do Governador, um “cone-granada” foi detonado e feriu 3 policiais com estilhaços.
Os artefatos caseiros se assemelham mais a minas terrestres, pois explodem ao menor movimento — foi o caso do mês passado.
Nesta quinta-feira (23), a PM fez uma operação no Barbante para reprimir essa nova tática. Dois homens foram mortos em confronto — entre eles, Júlio Cesar Barbosa Silva Junior, o Matuê, de 22 anos, apontado como chefe do tráfico na comunidade.
O Esquadrão Antibombas foi chamado para mais uma suspeita de explosivo.
"Ataque covarde"
O tenente-coronel Marcos André, comandante do 17º BPM (Ilha), afirmou que a tática surpreendeu a todos do batalhão. “Essa é uma ação diferenciada. Até para nós, que estamos acostumados com o crime, não é comum”, disse. “Foi um ataque covarde”, destacou.
“Esses artefatos podem explodir com qualquer morador da comunidade que encoste ali naqueles cones”, emendou.
Ainda segundo o comandante, Matuê era um dos responsáveis por esconder os explosivos. Nesta quinta-feira, ele trocou tiros com os PMs e morreu. O outro suspeito morto não foi identificado.
Quatro homens foram presos, e um adolescente, apreendido. Eles chegaram a invadir a casa de um morador para tentar se esconder. Todos foram levados para a 37ª DP (Ilha).
Durante a operação, os policiais apreenderam 4 fuzis, carregadores, 2 pistolas, rádios comunicadores, roupas camufladas, caderno de anotações, dinheiro, munição e drogas.
Comentários (0)
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.
Comentar