
O padre Cícero de Moura Filho foi afastado provisoriamente de suas funções após denúncias relacionadas à conduta inadequada. A decisão foi anunciada pela Diocese de Floriano, nesta terça-feira (26). Esse é o terceiro sacerdote afastado no Piauí no período de um mês.
De acordo com a nota de afastamento, padre Cícero foi afastado após a diocese receber acusações formais sobre a conduta incompatível "com as exigências próprias do estado clerical". O teor da denúncia feita contra o padre não foi esclarecido formalmente.
Ainda segundo a diocese, o afastamento do sacerdote é de caráter preventivo e não punitivo, como forma de resguardar a comunidade católica da cidade até a conclusão da investigação sobre as acusações feitas ao padre.
A nota destaca ainda que o padre Cícero poderá apresentar sua defesa, seguindo os princípios do Direito Canônico e do processo instaurado. Durante o período de apuração das denúncias, o sacerdote não poderá exercer celebrações sacramentais publicamente, assim como concelebrar Eucaristia com presença de fiéis.
O padre exercia o trabalho sacerdotal na Paróquia São Francisco das Chagas, em Rio Grande do Piauí, e na Área Pastoral Nossa Senhora de Fátima, localizada na cidade de Pavussu, também no Sul do Estado.
Em 14 de agosto, o afastamento de outro padre também foi anunciado pela Diocese de Floriano. O sacerdote Vinícius José teve imagens e vídeos íntimos vazados nas redes sociais. Nas imagens, ele aparece tendo relações sexuais com uma mulher.
Padre afastado e indiciado por estupro de mulher em Brejo do Piauí
Além dos dois casos na cidade de Floriano, outro sacerdote foi afastado no Piauí, dessa vez por estupro. O padre José Washington Barros Mesquita foi indiciado pelo crime cometido contra uma jovem de 27 anos em Brejo do Piauí, cidade a 424 km ao Sul de Teresina. O crime ocorreu em julho.
A Diocese de São Raimundo Nonato, responsável pela paróquia de Brejo do Piauí, informou que afastou o padre após tomar conhecimento de “um suposto delito contra o sexto mandamento” .
A delegada Amária Sousa, da Delegacia de Atendimento à Mulher e Grupos Vulneráveis (DEAMGV) de Canto do Buriti, informou que pediu a prisão preventiva do padre, mas o Judiciário negou. Foram aplicadas medidas como o afastamento da vítima.
“No dia 29 de julho a vítima chegou à delegacia acompanhada dos pais e de policiais da cidade de Brejo do Piauí, informando que havia sido estuprada pelo padre”, contou a delegada.
“Foi instaurado o inquérito policial e, após a conclusão, o caso foi enviado ao Judiciário, no qual aguarda análise. Não posso dar mais detalhes por conta do segredo de Justiça”, completou.
O Ministério Público vai decidir se apresenta denúncia, arquiva o caso ou pede novas diligências. Se a denúncia for aceita, o padre vira réu em ação penal.
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