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  14:46

Suspeito de matar mulher no PI por dívida de R$ 30 alega ameaças; DHPP espera apresentação

A defesa de Wesley Nascimento, apontado como principal suspeito de matar Ana Karine Assunção Pereira, de 35 anos, na madrugada do último sábado (2), em uma hamburgueria no Centro de Teresina, afirmou por meio de nota que não tem conhecimento de mandado de prisão expedido contra o investigado e que ele ainda não se apresentou à polícia por temer pela própria integridade física, após ameaças recebidas nas redes sociais. A delegada que investiga do caso, Nathalia Figueredo, ressalta que prestar depoimento também é um mecanismo de defesa.  

O crime aconteceu por volta das 2h da manhã na Avenida Miguel Rosa, nas proximidades da rua 4 de Janeiro, quando uma discussão por uma dívida de R$ 30 teria motivado o ataque. Ana Karine estava acompanhada do filho, de 11 anos, quando foi atingida com um golpe de faca na nuca.

Segundo a Polícia Civil, testemunhas relataram que Wesley Nascimento desferiu o golpe após um desentendimento envolvendo o pagamento da conta na hamburgueria. A vítima estava em uma mesa com o sobrinho, a irmã e um amigo.

Em nota enviada à imprensa, os advogados do suspeito afirmam que a situação foi uma “fatalidade decorrente de um descontrole coletivo” e negam qualquer intenção homicida. Alegam ainda que houve agressões recíprocas entre os envolvidos e que a vítima também teria participado ativamente da briga.

“O ambiente, inicialmente pacífico, rapidamente evoluiu para uma confusão generalizada, marcada por lesões corporais recíprocas (...). Trata-se de uma fatalidade, sem qualquer premeditação ou intenção homicida por parte de Wesley”, diz um trecho da nota da defesa.

A defesa também ressalta que Wesley tem residência fixa, trabalho definido e não possui antecedentes criminais ou condenações, o que, segundo os advogados, não o torna foragido da Justiça, uma vez que não há mandado de prisão expedido até o momento.

Polícia aguarda apresentação do suspeito

A delegada Nathalia Figueiredo, que conduz as investigações pelo Núcleo de Feminicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que Wesley é o principal suspeito e que a apresentação dele à delegacia é fundamental para o andamento das investigações.

“O comparecimento na delegacia para fins de oitiva é também um mecanismo de defesa. A defesa já é ciente dessa necessidade. Nós, como Polícia Civil, estamos no aguardo disso para darmos seguimento à investigação”, declarou a delegada.

Testemunha relata ocorrido 

Uma testemunha, que preferiu não se identificar, relatou o momento em que percebeu o ocorrido. 

"A gente não percebeu nada. Estava um pouco isolado, ouvindo música, quando, do nada, a menina falou: "Tá tendo uma confusão ali, aconteceu alguma coisa". Foi aí que a gente olhou e viu. Ela saiu gritando com o filho: "Ele me matou, ele me matou, ele me matou!". Ela estava com a mão no pescoço. Quando olhei, ele já estava fugindo de moto. Ela pediu uma camisa para estancar o sangue, mas já estava morrendo. Foi muito cruel. A gente nunca imaginou que fosse por causa de R$ 30. A irmã dela disse que foi por causa de dinheiro. Foi muito triste isso aí", relatou.

Família protesta e pede prisão 

Familiares de Ana Karine Assunção Pereira, de 35 anos, se reuniram em frente ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para pedir a prisão de Wesley Nascimento. Ele é dono de uma hamburgueria e teria matado a cliente com um golpe na nuca na frente da irmã e do filho dela apenas 11 anos. O crime ocorreu no último fim de semana no Centro de Teresina.

"A gente quer que ele seja preso. O advogado veio dizendo que ia apresentá-lo e precisamos de uma resposta. Não é possível que Ana Karine seja só mais um número. A prisão vai diminuir um pouco a nossa dor", desabafa Riany Assunção, irmã da vítima.

FONTE: Cidade Verde

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