A família de Thiago Martins, de 12 anos, acredita que o adolescente foi torturado e morto em Mauriti, no interior do Ceará. Vaqueirinho, como era conhecida a vítima, foi encontrado morto após ficar dois dias desaparecido. Ele sumiu após uma vaquejada no município. A população realizou um protesto nesta sexta-feira (27).

Um laudo da Perícia Forense constatou que a causa da morte foi trauma torácico. Em nota, a Polícia Civil disse que segue investigando a morte do adolescente.

O corpo do adolescente foi achado em uma pedreira de Mauriti, área de difícil acesso. "Não precisava disso, isso não é gente, é o cão em forma de gente. Não temos ideia de quem pode ter feito isso. Ele era um bom menino, bem educado e só vivia com um sorriso no rosto. Uma crueldade o que fizeram com meu filho", relata a mãe. 

A mãe de Thiago afirmou que ele saiu de casa para trabalhar na vaquejada. "Ele estaria cuidando de uns animais de um vizinho da gente, e foi para essa vaquejada com ele", disse.

O Conselho Tutelar de Mauriti, no entanto, disse que não há informações oficiais se Vaqueirinho trabalhava no local. “Não sabemos se ele estava ali por lazer ou exercendo alguma atividade”, disse a entidade, em nota.

A entidade afirmou ainda que considera as vaquejadas ambientes inadequados para crianças desacompanhadas. “Sobretudo em horários e contextos que ofereçam riscos à sua segurança e bem-estar. O Estatuto da Criança e do Adolescente garante a proteção integral e deve ser respeitado por toda a sociedade”, reforçou.

“Informamos, ainda, que o Conselho Tutelar não acompanhava essa família anteriormente, pois nunca houve denúncias ou registros envolvendo a criança ou seus familiares em nossa unidade”, declarou o Conselho Tutelar. No entanto, a família passou a ser acompanhada após a morte do menino, pois há outras crianças na mesma casa.