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  03:22

“Matar meio mundo”: áudios de agente da PF enfraquecem discurso pró-anistia para Bolsonaro

 Policial federal Wladimir Matos foi preso por planejar o assassinato do presidente Lula - Foto: Reprodução

O policial federal Wladimir Matos Soares, preso preventivamente desde novembro passado, enviou áudios em que diz que havia um grupo pronto para "matar meio mundo" para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após perder as eleições em 2022. As mensagens constam em relatório da Polícia Federal e foram anexadas à investigação da trama golpista.

Nas gravações, ele afirma que estava pronto para participar de uma ação para prender ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), entre eles Alexandre de Moraes, e revela que aguardava apenas um "ok" do ex-presidente Bolsonaro. Os áudios têm o potencial de desidratar a principal aposta política do entorno de Jair Bolsonaro: a anistia. 

“Só que o presidente deu para trás, porque na véspera que a gente ia agir, o presidente foi traído dentro do Exército. Os generais foram lá e deram a última forma e disseram que não iam mais apoiar ele. Ou seja, na realidade o PT pagou para eles, comprou esses generais”, diz em áudio 

As mensagens também desmente a narrativa de que os atos golpistas foram espontâneos ou motivados apenas pela indignação popular, enfraquecendo o discurso de que os envolvidos poderiam ser perdoados.

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O policial federal também diz que o grupo estava preparado para "tomar tudo" e "matar meio mundo de gente". 

“A gente ia com muita vontade. A gente ia empurrar meio mundo de gente, pô. Matar meio mundo de gente. Estava nem aí já, cara”, disse.

Segundo o relatório da investigação, as mensagens foram enviadas entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023 ao advogado Luciano Mendonça Diniz, que também apoiaria o golpe. Na conversa, Diniz fala em dissolver o STF. "Bastava tão somente, tão somente para dar um susto, dissolver o STF, de respeito à Constituição", diz.

Wladimir foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República), acusado de fazer parte do plano "Punhal Verde e Amarelo", que arquitetava a morte do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

A PF aponta que o policial não só integrou o grupo, como também manteve interlocução com outros agentes da corporação.

FONTE: G1 e Terra

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