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  08:11

 Foto: Reprodução

O Governo do Piauí prorrogou, na última quarta-feira (30), por mais 90 dias o decreto da situação de emergência, devido à seca, em 129 cidades do estado, onde três cidades como Buriti dos Montes, Assunção do Piauí e São Miguel do Tapuio (cidades que compõem a região dos Carnaubais) presentes na lista.

Inicialmente, o decreto publicado em 2 de abril de 2025 previa um prazo de 90 dias, que poderia ser prorrogado pelo mesmo período. Agora, a duração será de 180 dias a partir da data da publicação original.

O que é decreto de emergência? É uma medida tomada pelo governo estadual quando reconhece que terá de enfrentar uma situação extraordinária e não tem recursos para controlá-la.

Com o decreto, o poder público pode fazer compras de insumos ou serviços para combater a situação de forma emergencial e, portanto, mais rápida. O estado também pode pedir ajuda à União para enfrentar a situação.

Segundo o governo, a situação de emergência é motivada pela “irregularidade das chuvas e redução dos volumes hídricos em barreiros, rios e riachos”.

As secas ocorrem especialmente, de acordo com a gestão estadual, na região Centro-Norte do Piauí, na divisa com o Ceará, e nos municípios das mesorregiões Sudoeste e Sudeste.

“Além das perdas agrícolas“Além das perdas agrícolas enfrentadas pelos pequenos produtores, constata-se a configuração da seca verde, com intensidades variando entre moderada e grave”, diz o texto do decreto.

A seca verde é uma situação de seca aparente ou disfarçada, em que a vegetação ainda está visivelmente verde, mas falta água no solo em quantidade suficiente para manter as plantações e atividades agropecuárias.

Para o trimestre de março, abril e maio de 2025, a previsão é de que as chuvas devem ficar irregulares e abaixo da média, nas cidades das mesorregiões Norte e Centro-Norte, com temperaturas acima da média.

​Impacto da seca no estado 

Viver na seca é uma realidade difícil sentida por milhares de piauienses. Essa população muitas vezes se enquadra entre escolher comprar água potável ou recorrer, quando possível, aos reservatórios, onde, em alguns casos, a água não é a ideal para o consumo.

O agricultor Francisco Sebastião de Sousa é um desses piauienses. Ele afirmou que chega a deixar de comer, às vezes, para comprar água potável. "A fome suporta, um dia, dois… mas sede não aguenta, não. É difícil", relatou.

​Confira a lista completa das cidades afetadas:

Acesse aqui.

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