Na semana passada o Em Foco já antecipava que 11 (onze) presos se encontravam na delegacia de Campo Maior. O número é considerado alto, levando em conta que não é papel de Agentes e delegacia fazer a custódia de presos.

A tentativa de fuga foi interceptada graças a uma denúncia anônima feita pelo aplicativo depre-dh.  Foi terceira tentativa de fuga da Delegacia Regional de Campo Maior e como medida foram suspensas as visitas aos presos, tendo em vista as questões legais, pois delegacia não é lugar de preso, mas sim o sistema prisional.

Em uma vistoria de rotina, os Agentes detectaram a presença de uma barra de metal, um pedaço de fio e vários canivetes, possivelmente levado por familiares. A barra de ferro encontrada dentro da cela servia de alavanca para quebrar os cadeados para fuga.

“A barra de ferro não entrou de fora. Ela faz parte da grade da cela. Como os presos passam o dia sem fazer nada, eles quebram parte da cela para usar como alavanca. E isso é feito, muitas vezes, com a ajuda de familiares que fornecem material sem que os agentes percebam, uma vez que a quantidade de agentes é reduzida” diz uma fonte da polícia.

A delegacia de Campo Maior já apelou à delegacia Geral, encaminha ofício pedindo um acréscimo de pessoal, pois a quantidade de policiais civis é mínima para cobrir uma população de mais de 49 mil habitantes somente em Campo Maior e ainda responde por cidades como Jatobá do Piauí, Sigefredo Pacheco, Nossa Senhora de Nazaré,  e outras localidades rurais.

“É humanamente impossível fornecer um serviço de qualidade para uma população de mais de 50 mil habitantes, embora os agentes escrivães e delegados façam de tudo para fornecer um atendimento de qualidade” completa o policial.

Ainda segunda a polícia, a sociedade deve cobrar das autoridades constituídas no município, incluindo os deputados estaduais filhos da terra e outros bem votados em Campo Maior para que possam intervir na situação precária de segurança que passa a região, com deficiência também de policias militares.