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PT aciona TSE contra rede articulada de criação de fake news

 Lula em São Bernardo do Campo nesta quinta-feira (6). — Foto: REUTERS/Mariana Greif

A campanha do PT entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o Twitter cumpra o termo de cooperação firmado com a Corte para coibir mentiras durante a corrida presidencial de 2022. O partido identificou uma rede de 34 perfis – figuras públicas, perfis noticiosos e até anônimos – responsáveis pelo o que identifica como "guerra cultural".

"É possível perceber uma unicidade quanto aos temas e quanto aos usuários que publicam reiteradamente fake news, criando uma verdadeira guerra cultural que polariza o cenário eleitoral entre o alegado bem contra o mal", afirma a campanha de Lula na representação. 

O advogado Zanin Martins diz que a luta é desigual e que só o Twitter teria ferramentas para enfrentar o problema. Por dia, o jurídico da campanha de Lula entra com uma média de cinco representações contra fake news no TSE. Na visão de Zanin, seria um trabalho artesanal contra uma máquina azeitada de disparos de mentiras.

"Eles não se inibem com as decisões do TSE. Só a plataforma teria capacidade técnica de enfrentar essa rede de desinformação", conclui Zanin. 

A rede identificada pelo PT inclui os seguintes perfis:

  1. Carlos Bolsonaro
  2. Eduardo Bolsonaro
  3. Luiz Philippe de Orleans e Bragança (2 perfis)
  4. Paulo Martins
  5. Nikolas Ferreira
  6. Otávio Fakoury
  7. Carla Zambelli
  8. Ricardo Salles
  9. André Porciúncula
  10. Delegado Ramagem
  11. Bárbara Te Atualizei
  12. Kim Paim
  13. Elisa Brom
  14. Paula Marisa (2 perfis)
  15. Sarita Coelho
  16. Monica Machado
  17. Alexandre Padrão
  18. Dama de Ferro
  19. Patriota
  20. Emerson Grigollete
  21. Dom Lancelotti
  22. Rodrigo Constantino
  23. Silvo Navarro
  24. Marcelo de Carvalho
  25. Revista Oeste
  26. Gazeta Brasil
  27. Jornal da Cidade
  28. Roberto Motta
  29. Texugo Wink
  30. Alê Pavanelli
  31. Família Direita Brasil
  32. Brasil Paralelo

Os 27 temas explorados pelos perfis são os mesmos e vão desde fake news recicladas – como "kit gay", fechamento de igrejas e uma suposta foto de Lula com Suzane Von Richthofen – a temas novos, como o falso anúncio de Lula vai acabar com o agronegócio, e com 13º salário e férias dos trabalhadores.

Como este blog já noticiou, o surgimento destes temas não acontece por geração espontânea. Analistas das redes sociais da extrema-direita identificaram que o bolsonarismo recicla e customiza os temas que são explorados internacionalmente, como a perseguição a religiosos na Nicarágua.

 

Walton Carvalho

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