Facebook
  RSS
  Whatsapp

  08:49

Anvisa aprova novo tratamento para Covid-19 no Brasil

O anúncio foi feito durante a 8ª Reunião Extraordinária Pública da Diretoria Colegiada nesta quinta-feira (13)

 Com Informações: ICTQ

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial da associação dos anticorpos banlanivimabe e etesevimabe, desenvolvidos pela farmacêutica Eli Lilly, para o tratamento do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil. O anúncio foi feito durante a 8ª Reunião Extraordinária Pública da Diretoria Colegiada, que aconteceu hoje (13/05).

Segundo a Agência, quando “administrados juntos, em dose única, o banlanivimabe e o etesevimabe são indicados para o tratamento da Covid-19 nas formas leve e moderada, em adultos e crianças com 12 anos ou mais e que pesem, pelo menos, 40 quilos”. Para o uso da terapia, a Anvisa ainda ressalta que essas pessoas “devem apresentar alto risco de progressão da doença para a forma grave ou que possa levar à necessidade de internação”.

De acordo com a Anvisa, a ação da associação funciona, pois, quando injetada no organismo, atua como todos os outros anticorpos presentes no corpo humano, identificando e neutralizando agentes invasores nocivos à saúde.

"São anticorpos que seguem a mesma prerrogativa: a de terem por objetivo neutralizar o vírus antes de ele se replicar", explicou o gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, que também é professor da pós de Assuntos Regulatórios do ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico.

Contudo, o órgão sanitário frisou que a terapia não deve ser administrada em pacientes que já estejam com quadro grave da Covid-19, pois pode causar uma piora no quadro clínico do paciente. "Para casos graves, [o estudo mostra que] pode piorar desfechos clínicos e, por isso, não pode ser usado", destacou Mendes. “O tratamento deve ser iniciado assim que houver teste positivo”, completou ele, segundo o Valor Econômico.

 

Segurança e eficácia  

 

Ainda de acordo com a Agência, a eficácia do medicamento foi atestada por meio de estudo clínico que apontou uma redução de 70% nos índices de hospitalização por Covid-19 e de óbitos por qualquer causa. 

Entretanto, por se tratar de uma aprovação emergencial, a segurança e a eficácia dos anticorpos continuarão a ser avaliadas por outros estudos em andamento. Os possíveis efeitos adversos incluem reação alérgica, febre, calafrios e coceira. 

Segundo a Anvisa, como foram observadas reações graves na administração de banlanivimabe, com ou sem etesevimabe, deverá ser incluída na bula do medicamento a seguinte ressalva: “Monitore clinicamente os pacientes durante a administração e observe os pacientes por, pelo menos, uma hora após a conclusão da infusão”.  

Bianca Viana

Mais de Saúde