As eleições de 2022 já começaram. Nos bastidores, as disputas por quem serão os candidatos nas chapas majoritárias e proporcionais estão a todo vapor nas maiores legendas do Piauí. No governo, a dúvida que assombra base governista é a de quem será o vice, ponto a ser explorado nesta matéria.

Em declarações recentes, o presidente do PSD no Piauí, deputado federal Júlio Cesar, disse continuar na briga pela indicação para vice de Rafael Fonteles. Um dos argumentos levantados pelo parlamentar é o de sintonia entre os gestores da sigla pelo Estado, o que poderia reforçar a candidatura de Fonteles pelo interior.

Seguindo o raciocínio e promessa de Júlio Cesar em unir os prefeitos da sigla em torno da suposta chapa PT-PSD, Castelo do Piauí poderá, pela primeira vez na história, ter os adversários ferrenhos em um mesmo palanque. Zé Maia, ex-prefeito do município, do PSD, e Magno Soares, atual gestor pelo PT.

De forma implícita, essa união já aconteceu em 2018, com o apoio destinado ao senador Ciro Nogueira pelos dois campos políticos. No entanto, nem esse apoio em comum fez com que os rivais unificassem as andanças.

A única pedra no caminho dessa possível aliança, se encontra no desejo irreversível do MDB também pela vaga na chapa proporcional.  O presidente da Assembleia Legislativa, Themístocles Filho, já lançou seu nome como pré-candidato a vice na chapa encabeçada pelo PT, sendo afagada pelos companheiros de mesmo partido, como o próprio senador Marcelo Castro, presidente da agremiação.

Se chegar a conseguir se sobresair sobre o concorrente, tarefa considerada quase impossível, o PSD terá ainda outra difícil missão, a de aparar arestas entre os dois maiores grupos políticos de Castelo do Piauí.