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  03:59

Professores de Jatobá do PI decidem parar se salários não forem efetuados em 72 horas

 

Em assembleia ordinária realizada do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Jatobá do Piauí (SINDSERJA), realziada na tarde de ontem, na câmara de vereadores, os professores da rede municipal da cidade de Jatobá do Piauí decidiram parar as atividades, caso o pagamento referente ao mês de agosto, que deveria ter sido efetuado no dia 10 de setembro, não seja depositado na conta dos sevidores até a próxima sexta-feira.

Segundo a presidente do SINDSERJA, professora Eleneide Pereira, como o prefeito não encaminhou proposta de pagamento, toda categoria decidiu aguardar, segunda a lei, 72 horas para paralisar as atividades.

“Saímos todos muito tristes e decepcionados, pois sabemos que em uma greve todos perdem, mas diante da negativa do governo municipal em equilibrar o salário, o servidor não tem condições financeiras nem psicológicas de desenvolver seu trabalho” disse a presidente.

O secretário de educação, professor Josenao, esteve na reunião do Sindicato, representando o prefeito, e propôs pagar 70% da folha e o restante quando entrar recurso, mas a categoria não aceitou, pois havia aceitado dividir o pagamento das férias e ficar recebendo o salário a cada dia dez do mês seguinte ao trabalhado.

O QUE DIZ O PREFEITO

O Em Foco já havia falado com o prefeito Zé Carlos Bandeira antes da assembleia do Sindicato. Segundo o gestor, o município já coloca 37% de FPM para complementar a folha de pagamento dos professores, quando a obrigação é 25%. “Ainda não falo na locação de transporte, manutenção, combustível, que tudo isso sobrecarrega o FPM” disse.

O prefeito alegou ainda que parte do FPM do dia 10 de setembro foi bloqueado para pagar o INSS e faltam 75 mil reais para fazer o complemento da folha do mês. O prefeito alegou que o período tem quedas nos repasses do FPM.

“Não temos outra solução. Ainda tem um agravante que são os precatórios. Nós ainda temos um débito de quase 7 milhões de reais com precatórios, INSS e Eletrobras. Não é falta de responsabilidade, não é falta de planejamento. É falta de recursos mesmo, mas o servidor tem conhecimento dessa situação” concluiu.