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Quadrilha presa em Campo Maior é especialista em explosão a carros-fortes, afirma delegado

 Seis suspeitos estavam em base em Campo Maior. Um conseguiu fugir do Piauí, segundo a polícia

O coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), Willame Moraes, disse ao site G1 que os cinco suspeitos presos em Campo Maior e Buriti dos Montes, Norte do Piauí, são integrantes de uma quadrilha especialista em assaltos a carros-fortes, conhecida como 'Novo Cangaço'. Segundo ele, o último criminoso conseguiu fugir e não se encontra mais no estado.

"O que caracteriza este tipo de quadrilha é o uso de armamento de guerra. Somente com os suspeitos foram apreendidos quatro fuzis, espoletopins [material utilizado para explosão de carro-forte e caixas eletrônicos], coletes balísticos e grande quantidade de munições", explicou Willame Moraes.

Conforme o delegado, a meta do grupo era que cada um saísse do Piauí com R$ 1 milhão e o lucro seria dividido com o chefe da quadrilha, responsável pela aquisição do arsenal e explosivos. Um integrante do mesmo bando foi preso semana passada no Maranhão e outra parte da quadrilha já foi identificada pela polícia.

Tarcísio Barbosa Fônseca, de 30 anos, foi o primeiro a ser preso

 Claudenor Morais de Lima (caima), de 34 anos, e José Romildo Pinheiro Barbosa, de 35 anos foram presos pela PRF enquanto caminhavam pela BR-343 em Campo Maior

Francisco Graciano de Lima, 26, foi preso no interior de Buriti dos Montes no último domingo

 Joaby Maciel Albuquerque, de 27 anos de idade, foi o último preso, suspeito de pertencer a quadrilha

"O principal objetivo de qualquer criminoso é o lucro e eles só vão para aquelas ações onde terão facilidade. Os ataques as instituições acontecem, na maioria das vezes, no interior onde o contingente de policiais é reduzido. Nós temos investigado, mas não cabe somente à polícia, mas também às instituições bancárias a implantação de mecanismos de segurança para reduzir estes ataques, entre eles a destruição ou marcação das cédulas", destacou.

De janeiro a abril deste ano, 14 ataques a agências bancárias foram registrados no estado.

"Mais de 20 pessoas foram presas em 2018 e um morreu durante confronto. Infelizmente o que vemos é que a maioria vem do sistema prisional. No Piauí temos três modalidades de ataques a instituições financeiras: Novo Cangaço (que utiliza de violência, cercam a cidade e um grupo numeroso de criminosos); carro-forte (bandidos fortemente armados, com armas de guerras); e corte (que não usa de violência e os assaltantes adentram na instituição bancária no período noturno, desligam o alarme e usam de maçarico para abrir o caixa eletrônico", acrescentou o coordenador do Greco.

Da Redação

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