Nas primeiras horas desta quinta-feira (02/10), Dia de Finados, os cemitérios de Campo Maior começaram a receber os primeiros visitantes. Barraqueiros e ambulantes iniciavam a comercialização de velas, fósforos, flores e água mineral para reduzir os efeitos do calor, porque sol já castigava quem saia de casa para as homenagens aos entes queridos falecidos. 

A idosa Salurtiana Maria da Conceição saiu às 6h do Bairro Paulo VI para o Cemitério do Bairro São João. Lá, ela deixou velas e orações ao esposo, a um filho e um neto sepultados no local. “Todos os anos eu venho aqui. Venho cedo porque o sol é mais frio. Esse dia é tradicional, mas lembro deles todos os dias”, diz Salurtiana. 

De longe, um senhor de camisa azul por dentro da calça bege e apoiado numa bengala mexe os lábios. O sentimento de perda é percebido nos olhos do homem. É Ladislau Cardoso Araújo, de 90 anos. Apesar da idade e as limitações, ele fez questão de saio do Bairro de Flores e peregrinar pelos cemitérios da cidade onde possui parentes sepultados. 

Damiana Cavalcante, 75 anos, tem mãe, pai e uma irmã enterrados no “cemitério velho de Campo Maior”, no centro. Há anos ela segue o mesmo roteiro no Dia de Finados. Sai de Teresina antes do sol raiar e pega a estrada as homenagens aos familiares. “Faço isso há muito tempo. É uma forma de nos voltarmos para o sentido da vida”, relata. 

Pouca movimentação
Os cemitérios registraram pouca movimentação pela manhã. O cemitério do Bairro São João atraiu o maior número e pessoas. No Bairro Cidade Nova, a baixa visitação chamou atenção de quem há muito acompanha o Dia de Finados no local. Já o “cemitério velho” recebeu um grande número de católicos apenas durante a celebração religiosa às 5h:30min. A visitação caiu no restante da manhã. 

Missa
O bispo Dom Francisco de Assis celebrou às 5h:30min uma missa no “Cemitério Velho de Campo Maior”. O ato religioso foi acompanhado por muitos fiéis. O bispo visitou sepulturas e pregou sobre a dádiva da vida eterna. 

Foto: PASCOM

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