Em carta escrita a então presidente Dilma Roussef, em dezembro de 2015, na qual iniciou rompimento com a petista, Michel Temer disse que passou anos como “vice (presidente) decorativo”. A frase ganhou repercussão e colocou em cheque o papel dos vices. 

Desde janeiro, Campo Maior vive sob nova administração. Professor Ribinha e a médica Liége Cavalcante. Nos 10 primeiros meses de gestão, Ribinha mostra iniciativa e até surpreende com um modelo próprio de tocar o município. E a vice? Liége se mostra presente, aparece em eventos e solenidade. Mas está satisfeita?

Diferente de Temer, ela se sente prestigiada pelo chefe do executivo. “O professor Ribinha tem sido muito parceiro e tem discutido as ações da gestão. A gente só defende uma gestão se a gente conhecer a gestão. Principalmente conhecer as dificuldades para passar para a população o que está acontecendo. Atraso de algum salário, falta de dinheiro. Isso não é do nada”, resume. 

Perguntada se está sendo aquilo que esperava à época da campanha, Liége afirma: “Até me surpreendi. Hoje eu tenho um espaço muito bom, muito valorizado. Eu me sinto bastante prestigiada pela gestão”. A vice-prefeita comenta que este primeiro ano de gestão foi de aprendizado, mesmo assim grande avanços foram conquistados. 

“Esse primeiro ano de aprendizado vai nos dá conteúdo para deslanchar no segundo, no terceiro e fechar no quarto com uma grande administração. Estou muito satisfeita porque vejo que tem a intenção de que dê certo. O desafio de janeiro em diante vai ser manter esse padrão. Nós tivemos eventos maravilhosos no primeiro ano. ‘Qual o desafio do segundo?’ Superar o anterior”, diz.  

Numa escala de 0 a 10, Liége Cavalcante diz que o primeiro ano de gestão vale oito. “Eu daria um oito tranquilo. Só não dou 10 porque existem as dificuldades a gente não pode fazer de conta que não tem. Com um oito nós estamos bem encaminhados para um 10 no próximo ano”.