Ex-prefeito de Campo Maior e ex-deputado estadual, Cezar Melo pretende sair candidato ao governo do Estado pelo PSB. Em entrevista ao Em Foco, ele revela que somente duas situações podem lhe tirar da disputa. Cezar elogia a administração do ex-governador Wilson Martins, critica a gestão de Wellington Dias. 

Cezar releva que votou em Professor Ribinha para prefeito de Campo Maior. Em sua avaliação, o então candidato apresenta a chance de mudar as formas de governo passadas. Perguntado sobre sua avaliação dos nove meses de gestão, Cezar diz que prefere deixar a administração chegar a um ano para traçar uma nota.  

O senhor colocou seu nome a disposição do PSB para concorrer ao governo do Estado. A candidatura continua de pé?
Isso é uma pretensão que me empolga. Já estive com meu partido, o PSB, em na convenção de Picos, de Campo Maior e Bom Jesus. Na última, o presidente do partido autorizou que eu abrisse as falas como pré-candidato. Mas isso não me envaidece. Isso tem exigido de mim estudos aprofundados sobre o Piauí, que eu conheço em parte porque trabalho em Campo Maior, vivo em Piracuruca, trabalhei 10 anos em São João do Piauí e na região de São Raimundo Nonato. E, quando deputado, fui votado em Parnaguá, no extremo sul. 

Podemos dizer então que Cezar Melo é pré-candidato ao governo? 
Minha preocupação é não ferir a legislação eleitoral. Mas dentro do que é permitido eu pretendo manter meu nome com muita honradez. E digo, que no estado atual das coisas, podem haver candidatos mais estruturado e mais ricos, mas mais honesto e competente do que eu não tem. 

Mas o PSB tem também o nome do ex-governador Wilson Martins, que não descarta a chance de se colocar à disposição da sigla.
Só existem duas situações que farão e declinar da candidatura. Se o presidente o ex-governador Wilson Martins, que conhece bem o Piauí, fez uma boa administração, resolver encarar a campanha de governador, imediatamente eu saio do páreo e serei um dos que irei levantar mais alto sua bandeira. E a outra coisa é se não houver a aceitação popular. Estou apito ainda a pegar minha pasta e continuar como médico diuturnamente.  

Como o senhor observa a gestão do governador Wellington Dias? 
Gosto muito do governador Wellington. De quem me considero um amigo. Em termos administrativos,  a preocupação dele de uns tempos pra cá mudou a óptica administrativa para a política. Não estou a criticar. Apenas lembro que nós temos hoje 33 órgãos gestores, envolvendo secretarias e gerências. 13 deputados (estaduais) convocados acho que é um exagero. Participei de quatro governos. Em media, eram (convocados) três, quatro deputados convocados. Isso onera o Estado. 

Estamos com nove meses da administração do professor Ribinha em Campo Maior. Como o senhor avaliação o desempenho do novo gestor?
Eu votei no Riba (Professor Ribinha). Votei sem nenhum demérito ao João (Félix). Apenas achava que naquele momento que o Ribinha poderia representar uma esperança nova para o povo de Campo Maior. Na minha análise achava que o Ribinha pudesse mudar o curso de Campo Maior. Por hora, meu prazo continua correndo, que é de um ano, tempo que ele resolve os problemas herdados e pode caracterizar sua administração. Tenho procurado conversar com ele para lhe lembrar, como homem responsável que sou, que no próximo ano sua administração deverá se envolver de forma parcimoniosa nas disputas eleitorais.