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  06:32

Comandante rebate denúncia de advogada: “B.O não é registrado em GPM”

A advogada Josefa Miranda denunciou que sua cliente não conseguiu registrar o Boletim de Ocorrência na cidade

 Major Etevaldo defendeu atuação da PM em Sigefredo (Foto: Divulgação)

O caso de estupro coletivo registrado na cidade de Sigefredo Pacheco chamou atenção mais uma vez para a atuação do Agrupamento de Polícia Militar (GPM) – uma espécie de delegacia instalada em pequenos municípios para garantir a segurança. 


Após a disseminação de um vídeo onde aparece sendo tocada em partes íntimas por cinco homens dentro de um carro, a jovem de 21 anos procurou o GPM de Sigefredo. A advogada Josefa Miranda denunciou que sua cliente não conseguiu registrar o Boletim de Ocorrência na cidade e que a vítima só conseguiu prestar a queixa 10 dias depois no Distrito Policial de Campo Maior. 


O Comandante do 15ª Batalhão da Polícia Militar, Major Etevaldo Silva, procurado pelo Em Foco, explicou que Boletins de Ocorrências não são registrados em GPMs, mas em delegacias onde há atuação da Polícia Civil. Etevaldo defendeu a atuação dos policias militares de Sigefredo.


“B.O não é registrado em GPM. É registrado em delegacia de Polícia Civil. A vítima teria de ser encaminhada para Campo Maior. Quando tomamos conhecimento do vídeo, a PM foi de imediato procurar a vítima, foi quem trouxe a vítima para Campo Maior para registrar o B.O. Quem primeiro tomou a iniciativa para que pudesse trazer a vítima foi a Polícia Militar”, afirmou. 


Faltam policiais 
O Comandante admitiu a carência de policiais nas cidades da região de Campo Maior. Segundo o Major Etevaldo, cada GPM deveria contar com oito policiais para que o município pudesse ter  dois policiais militares por dia em regime de 24h. No entanto, devido a carência, as cidades contam com a metade do necessário. 


“O GPM de Sigefredo funciona na modalidade dos outros GMPs. Tem dia realmente que não tem ninguém pela carência de efetivo que nós temos. Há uma carência e o governo sabe disso. Sigefredo nós temos quatro policiais. Nós teríamos de ter oito policiais para termos dois por dia trabalhando 24h”, finalizou. 

 

Por Otávio Neto

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