Pelo menos 14 pessoas de 10 partidos políticos já demonstraram interesse em disputar a eleição para ser o futuro prefeito de Campo Maior. Entre os nomes tem professor, advogado, empresário, administrador, médicos e funcionários públicos. Alguns já foram testados, outros buscam uma oportunidade de gerenciar o executivo municipal.

O Em Foco fez um levantamento e mostra a partir de agora quem são estes nomes que querem governar o município. Confira a partir a lista com os pretensos candidatos e uma breve biografia de cada um:

PT – Professor Ribinha, Fernando Miranda e Conceição Lima

O Partido dos Trabahadores do município não é diferente do cenário em outras regiões onde vários nomes da sigla demonstram interesse e o candidato é escolhido entre os filiados sem intervenção de chefões ou os famosos “donos de partidos”.

Em Campo Maior três nomes são debatidos, porém nenhum ainda se lançou oficialmente. O Professor Ribinha, conforme pesquisas, é o mais aceito pela população. Ele é Secretário Municipal de Educação e vereador pela segunda vez. Sua marca na política foi no combate aos desmandos administrativos praticados pela gestão que lhe antecedeu como atraso de salários, escolas sem a mínima estrutura para atender os alunos, falta merenda escolar, professores mal remunerados, falta de planejamentos, transporte escolar precário entre outros problemas. Ele foi às ruas dando apoio total aos servidores municipais. Como gestor diz já ter conseguido mudar toda a realidade combatida por ele. Segundo ele, hoje os professores recebem o pagamento em dias e são bem remunerados chegando a receber até R$ 5 mil reais. A merenda escolar é preparada por nutricionista e acabou com o transporte pau-de-arara, tendo hoje 100% da frota de ônibus. Reformou várias escolas e deu condições dos alunos estudarem em ambientes adequados. Diz está construindo várias escolas e finalizando o processo licitatório para duas creches. Ribinha tem a simpatia de um grande número de vereadores, secretários e lideres comunitários.

O vereador Fernando Miranda hoje é o vice-presidente da Câmara de Municipal, mas já ocupou o cargo de diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Campo Maior (SAAE). Foi na sua gestão que iniciou a troca de tubulação enferrujada que não passava por mudanças há 50 anos. O petista se destacou na câmara por fortes denúncias contra a gestão passada, acusando de nepotismo, maus tratos aos servidores, acusações de desvios de verba de obras, salários atrasados, pagamento através de recibo em branco, prédio da prefeitura abandonada entre outros.

Conceição Lima é funcionária pública da Agespisa e esposa do vereador Edvaldo Lima, o parlamentar com mais mandatos na câmara de Campo Maior. Ela atualmente exerce o cargo de Secretaria de Desenvolvimento Social de Campo Maior e afirma que tem trabalhado para extinguir com as praticas do assistencialismo no município.

PMDB – Ribamar Coelho

O advogado Ribamar Coelho não entrou ainda na política. Bastante conhecido da população campo-maiorense, Ribamar já advogou contra a e favor dos dois principais grupos políticos da cidade. Neste momento é ligado ao grupo de oposição. Ele afirma que se chegar ao poder, sua gestão não terá vícios com divisão de cargos entre somente uma família. Ribamar já teve seu nome cogitado em eleições passadas, mas em cima da hora foi substituído. O advogado é novamente cogitado pela família. A ideia do grupo é voltar ao poder através de um nome diferente. Ribamar é filiado ao PMDB, que é dirigido pelo ex-vereador e ex-vice-prefeito Zé Chico. O partido pode ser entregue aos irmãos Félix por força de uma vontade do presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (ALEPI), Themistocles Filho que é muito amigo do deputado Antônio Félix.

PSD – Antônio Félix

É advogado e foi gerente da empresa Brasil Ceras. Antônio Félix exerce seu terceiro mandato de deputado estadual. Duas vezes foi eleito e nesta ultima vez ficou como primeiro suplente na sua coligação. Félix chegou a ser considerado o mais atuante no ano de 2009 por ter apresentado mais matérias do que os demais parlamentares. Trabalhou na relatoria de projetos de outros deputados e é cobrado pela população campo-maiorense por ter se calado durante os atrasos salariais praticados pelo seu irmão quando era prefeito, e durante o período que esteve aliado ao governador Zé Filho, quando era sua a indicação da direção do Hospital de Campo Maior. 

PPS – João Félix

Joãozinho tenta voltar ao cenário político depois de ter sido duas vezes prefeito de Jatobá do Piauí e duas vezes de Campo Maior, porém foi afastado faltando dois anos para acabar sua gestão por ter sido considerado prefeito itinerante. No entanto conseguiu na justiça o seu retorno a partir de uma decisão de um ministro do Supremo que entendeu que o erro foi da própria justiça por permitir ele ser candidato. Seus adversários oposição aposta na memória do eleitor que viu ao final de sua gestão quatro meses de salários atrasados em alguns setores. Mas ainda não é certa sua candidatura. Ele nunca se pronunciou oficialmente sobre o assunto. Especula-se que ele queira ser candidato, porém uns dizem que é em Campo Maior, outros dizem que seria na cidade de Jatobá do Piauí.

PSL – Geraldo Alves

Foi vereador de Campo Maior no período do primeiro mandato do Prefeito João Félix, mas não conseguiu mais se reeleger de lá pra cá. E hoje exerce sua profissão de técnico em contabilidade.

PRB – Ivo Monteiro

Empresário campo-maiorense com uma atuação forte no futebol local através de patrocínios a campeonatos. Ele atualmente é presidente da sigla e ainda não definiu quais rumos o partido tomará na próxima eleição. A pré-candidatura do empresário é alimentada por seus correligionários, o próprio ainda não manifestou interesse pela disputa.

PTC – Agenor Franklin de Oliveira Filho - Agenor Leite

Agenor foi candidato a vereador em 2004 pelo PCdoB, mas não obteve êxito. Na época era apenas professor de sociologia da UESPI de Campo Maior, durante esse período afastado da política conseguiu se formar em direito e exerce a advocacia. Seu nome foi lançado na semana passada.

PSB – Dra. Liége e Marco Bona

O PSB tem na disputa dois nomes. O ex-prefeito de Campo Maior, Marco Bona, que foi secretário de Estado no governo Wilson Martins e hoje é professor universitário em uma faculdade de Teresina. Ele disse que está no ponto para ser candidato.

Liége Cavalcante continua alimentando seu sonho de governar Campo Maior. Ela é natural do Ceará, mas vive no município há bastante tempo onde exerce a profissão de médica e tem uma clinica particular. A doutora, como é chamada, já foi candidata a deputada estadual, federal e a prefeita por três vezes. No último pleito ela teve o apoio dos irmãos Félix e perdeu com a maior diferença de votos da história para o prefeito eleito Paulo Martins. Enquanto ela obteve 10 mil votos, Paulo ultrapassou os 15 mil.

PHS - Edilson Araújo

Edilson Araújo já foi candidato a prefeito e a deputado. É radialista e vereador e atualmente presidente do PHS e da Fundação Ludetana Araújo. Cogitou-se que Edilson seria candidato a vereador, mas segundo ele, seu nome está a disposição da população.

PP – Josenaide Nunes

A vereadora Josenaide Nunes é Servidora Pública Federal. Atualmente exerce o cargo de presidente da Câmara Municipal de Campo Maior. Ela é uma forte liderança da região do Alto do Meio e conforme os bastidores da política campo-maiorense, ela lançou seu nome na tentativa de barrar a ida do ex-prefeito João Félix para o Partido Progressista.

PTB – Dr. Marco Pereira

Dr. Marco Pereira já foi vereador de Campo Maior, hoje tem o irmão Manim Pereira como vereador e o outro irmão Marcelo Miranda como secretário de saúde e exerce apenas a função de médico no município. À reportagem do Em Foco, Marco não declarou ser candidato e que acompanha o Prefeito Paulo Martins. Ao que se sabe que o nome de Marco Pereira é apenas especulação da imprensa.