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  04:14

Economista carioca diz que mulheres do Piauí devem usar saco na cabeça

A polêmica teve início quando o carioca comentou uma notícia sobre alunas que fizeram uma mobilização pelo uso de shorts em uma escola de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

 Click para ampliar (Foto: Reprodução)

Um economista carioca causou polêmica ao fazer comentários xenófobos no Facebook. Em suas publicações na rede social, Paulo Figueiredo Filho afirmou que as mulheres do Piauí deveriam usar "um saco de papelão na cabeça". A Ordem dos Advogados do Piauí (OAB-PI) divulgou nota repudiando a mensagem. A advogada Eduarda Mourão, presidente da Comissão da Mulher Advogada, informou que vai acionar o Ministério Público Federal (MPF) para ações criminais.

 

A polêmica teve início quando o carioca comentou uma notícia sobre alunas que fizeram uma mobilização pelo uso de shorts em uma escola de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. "Não só defendo o direito das garotas de shortinhos - para alegria da garotada - como acham que devem ficar à vontade para tirá-los no dia seguinte em que fizerem 18 anos e mandarem fotos pelo Whatsapp. Mas para você entender a importância da federação, esse apoio só vale para as meninas do Rio Grande do Sul. As do Piauí devem usar calça. E um saco de papelão na cabeça", escreveu o economista.

 

O carioca é neto de João Figueiredo, último presidente do regime militar brasileiro, e sócio brasileiro do candidato a presidência dos Estados Unidos, o empresário Donald Trump. Em outra postagem feita na rede social, Paulo Figueiredo Filho alega que os comentários foram uma brincadeira, que não deveria ter sido levada a sério.

 

"É óbvio que existem mulheres bonitas no Piauí e barangas no Rio Grande do Sul. É justamente o absurdo das situações que permitem as piadas. E eu não posso dizer que a ausência de senso de humor de alguns retardados me surpreendeu. Idiotas nunca me surpreendem. Mas o que me emputece não são os que não entendem a piada, mas o que entendem e ficam revoltados com ela. O politicamente correto tornou a nossa sociedade um tremendo saco", justificou o economista.A OAB-PI, no entanto, não pretende encarar a situação como uma brincadeira. A advogada Eduarda Mourão, informou que vai encaminhar o material criminoso para o MPF fazer a representação criminal.

 

"É possível observar o dolo na forma como esse senhor se manifestou sobre essas piauienses, ele tem intenção de desrespeitar e isso é crime, não é deboche. O crime de discriminação contra origem e procedência nacional está estabelecido em uma lei específica e prevê uma penalidade de 2 a 5 anos de prisão e multa", afirma a advogada.Eduarda Mourão esclarece que a situação não deve ser vista como uma questão de opinião. "Existe a utilização indevida da internet e a má interpretação sobre o direito de liberdade de expressão, todos temos esse direito, mas não podemos ferir os direitos humanos, o respeito ao próximo, está previsto em lei e cabe punição", pontuou.

 

Fonte: Cidade Verde 

Por Otávio Neto

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