O prefeito de Campo Maior Paulo Martins fez visitas técnicas ao açude de Campo Maior, na segunda-feira (05) e na terça (06) acompanhado da Dra Maria Pessoa que atua na área de Desenvolvimento Ambiental. Na oportunidade, ele mostrou a diferença da água nos locais onde a limpeza foi realizada, em pontos onde a lama com acúmulo de sujeira de esgotos, foi retirada.
Paulo Martins mostrou também a diferença da água colhida onde ainda não conseguiram retirar a lama. E falou do que pretende fazer no açude de Campo Maior. Maria Pessoa, enfatiza que não tem dúvida que este trabalho irá garantir uma Campo Maior rumo a sustentabilidade.
A visita foi acompanhada por ambientalistas, o gerente de Meio Ambiente do município, Lucas Ribeiro, o fiscal de Meio Ambiente “Tabu do Vale”, o secretário de Planejamento Carlos Torres, o vice-presidente do Partido Verde no município Gilberto Araújo, o diretor-geral do SAAE João Lima e pessoas que foram ouvir os esclarecimentos sobre o projeto que consiste na limpeza, ampliação do passeio, aprofundamento, fechamento de esgotos e a construção de duas estações de tratamento de esgotos.
Segundo a doutora, a obra tem gerado uma instigação positiva das pessoas para saber o que está sendo feito porque o açude é considerado o cartão postal de Campo Maior não somente por quem reside, como de quem passa pela cidade em sentido ao litoral do Piauí, Luís Correia e outros Estado, uma vez que ele contorna a BR-343,em sentido aos locais citados.
“Outrora o açude já passou por alterações na sua bacia, quando então houve a necessidade de aprofundamento para maior armazenamento, que antes da encanação supria a população com água potável. É importante fugirmos da visão antrópica exposta na mídia”, explicou a Dra Maria Pessoa, que dispõe em seus projetos, pesquisas de vários estudos sobre meio ambiente e sua utilização de forma sustentável.
Ela relata ainda na visita que a obra prioriza melhorias de garantias de sustentabilidade, isto inclui um ambiente propício não só para a fauna e flora, como para os seres vivos dos demais reinos, como o deste precioso ecossistema (açude), que consequentemente garantirá outros benefícios à população, tais como: Água limpa, lazer com favorecimento de diversas práticas esportivas.
Outra possibilidade que está sendo estudada é a de construção de um píer, que é uma passarela, no melhor ponto estratégico, que proporcione uma visualização do entardecer, para registro fotográfico das mais variadas posições do por do sol no açude, que já é atrativo aos turistas das mais diversas partes do país, que passam pela BR-343.
Vários pontos do projeto foram avaliados a exemplo, a instalação dos biodigestores em áreas de maior incidência de despejos orgânicos para o tratamento de afluentes (as estações de tratamento de esgotos). “É importante, visto que desde a construção da galeria Pluvial, em gestões bem remotas, houve por parte da população a inserção de ligações clandestinas, que incidem no despejo de resíduos orgânicos oriundos de residências e instituições”, explicou Pessoa.
No Projeto de Limpeza, segundo o prefeito, consta o alargamento da passarela com a implantação de uma ciclovia e melhoramento da área de caminhada dos pedestres. Fato, justificável, pelo risco que existe a quem utiliza a área do passeio pela proximidade a BR- 343, idealizada e concretizada em outras gestões bem remotas, quando não se pensava na expansão demográfica de Campo Maior.
“Podemos considerar como positiva nas intenções do prefeito o aproveitamento do sedimento argiloso na remediação do antigo lixão, no Conjunto Renascer, com terraplanagem e aterramento; bem como o aumento da arborização na orla do açude com implantação de um canteiro central entre a ciclovia e a passarela para caminhada”, destacou.
Ao final de suas considerações, Maria Pessoa falou que é importante lembrar da situação do açude que era crítica, e a afirmativa, fundamenta-se nos testes realizados pela estudante de Biologia Hileane Barbosa, que constataram, numa análise dos parâmetros físicos, químicos e biológicos (PH, Condutividade Elétrica (CE), temperatura da água, Nitrito e Nitrato, oxigênio dissolvidos (OD), Solos Totais (SST), Fósforo Total, Turbidez, Coliforme Termotolerantes e total.
Conforme descreveu a doutora em seu relatório, a determinação da classificação da situação do açude, de acordo com a Resolução do CONAMA Nº 357/05, em relação aos valores preconizados pela referida legislação dentro da classe 2 dos seguintes parâmetros: Nitrato, OD, Turbidez e coliformes, a mesma inferiu preocupação ao equilíbrio aquático, em função do intenso lançamento de efluentes nas águas do açude.
“Visualizamos parte da bacia do açude e podemos constatar que é composta por lage, que favorece mais ainda a conservação e a permanência de água no local”, ressaltou Maria Pessoa, enfatizando que não tem dúvida que este trabalho irá garantir uma Campo Maior rumo a sustentabilidade.
O prefeito Paulo Martins disse que a limpeza do açude faz parte do Conjunto de obras prevista dentro da Lei de Saneamento Básico, que incluí ainda o Plano de Saneamento Básico, conforme a LEI 11.445/2007, e outras medidas: a drenagem dos esgotos do Bairro Cariri e do do Rio Surubim.
O fiscal de Meio Ambiente, Tabu do Vale, o gerente de Meio Ambiente Lucas Ribeiro, que representou a secretária de Meio Ambiente, Conceição Paz na visita, bem como o vice-presidente do Partido Verde, acharam importante este encontro no local da obra para tirar as dúvidas de quem se propôs a acompanhar a visita. Tabu contou que a licença prévia da obra foi concedida ainda no ano passado.
Por Valdamir Alvarenga com edição de Weslley Paz
Por Weslley Paz
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.