Entre no
nosso grupo!
WhatsApp
  RSS
  Whatsapp

  18:41

 Cesário Cavalcante é o promotor que fez a representação do caso. Essa é a primeira entrevista dele após as novas versões que surgiram sobre o caso.

O Promotor de Justiça de Campo Maior, Dr. Cesário Cavalcante, responsável pela representação do fato em que quatro garotas foram estupradas e torturadas em Castelo do Piauí falou com exclusividade ao Portal de Notícias Campo Maior Em Foco e afirmou categoricamente que está conformado com a sentença proferida pela justiça contra os quatro menores e o maior de idade, Adão condenados por terem sido os autores do crime.

 

Ele disse que acha absolutamente normal a defensoria está tentando reverter a sentença.“Na justiça é assim, quem não se conforma, recorre. O promotor (referindo a si próprio) se conformou e não recorreu”, declarou.

 

A Defensoria Pública do Estado do Piauí está tentando provar que o caso foi praticado somente pelo menor Gleison de 17 anos que foi morto dentro do CEM, onde estava internado com os outros três menores. Segundo Cesário, a defesa fez as apelações nas contra razões, mas ele rebateu todas. “Rebati tudo. Se encontrasse algum defeito recorreria, mas a sentença está perfeita”, reforçou informando que até amanhã o processo será encaminhado para o Tribunal de Justiça, já que até então estava sendo conduzido pela própria comarca de Castelo do Piauí, onde o caso ocorreu.

 

Cada menor foi condenado por 08 atos infracionais: 04 estupros, 01 homicídio e três tentativas de homicídio. O promotor revelou que ainda tentou colocar mais dois crimes, corrupção de menores por entender que menor também corrompe menor e formação de quadrilha, mas o Juiz não aceitou. “Mesmo assim fiquei satisfeito com a sentença”, ressaltou.

 

CRIME FINANCIADO

 

O Em Foco fez alguns questionamentos sobre algumas revelações que só agora estão vindo a tona como a informação de que o crime teria sido cometido apenas por Gleison a mando de uma pessoa que supostamente havia prometido pagar ao menor R$ 2 mil reais e um advogado e que a intenção era causar o clima de insegurança na cidade. “Não é nada de novo a historia de uma pessoa ter pago dois mil reais. Não existe nenhuma prova. É coisa inventada”, afirmou.

 

No entanto, Dr. Cesário confirmou que foi o garoto Gleison quem abordou as meninas. De acordo com ele, as meninas estavam vendadas e não conseguiram ver nada e por isso não souberam dizer se havia mais pessoas. “Cada um dos elementos tinha uma função no crime, mas o Adão foi o mentor”, sustenta o promotor afirmando que Adão foi quem orquestrou tudo e que durante o processo os menores sempre foram defendidos por defensores público negando a participação de advogado particular na defesa do menor Gleison.

 

A informação que foi dada nesta quinta-feira (06) pelos pais de dois menores em depoimento na TV Cidade Verde é de que a mãe de Gleison teria afirmado que a pessoa que supostamente financiou o crime não cumpriu o acordo.

 

SÊMEN NAS MENINAS

 

Dr. Cesário disse que não poderia falar nenhuma informação sobre os laudos que tratam da violência sexual porque o processo corre em segredo de justiça. Alem disso, ele declarou que é irresponsabilidade deixar vazar qualquer informação nesse sentido, pois prejudica a imagem das garotas. “Só podemos falar dos aspectos processuais”, retrucou.

 

Cesário finalizou dizendo que a contradição nos depoimentos dos menores pode ter havido intervenção da defesa, mas que esse é apenas o papel do advogado. Ele se refere ao fato dos menores terem confessado o crime durante depoimento em Campo Maior, mas negaram em Teresina. “Não estou malhando o advogado, apenas dizendo que a defesa está fazendo seu papel”. Sobre os rumos que o processo poderá ter ele simplesmente resumiu dizendo: “Tudo pode acontecer”.

Fotos relacionadas

Por Weslley Paz

Mais de Cidades