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  07:30

Teresina/PI: Maternidade Evangelina Rosa corre risco de desabamento de forro e CRM sugere mudança de prédio

Após vistoria, o Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) recomendou à Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) que transfira, com urgência, a unidade para outro prédio.

 Com informações: G1 Piauí

O Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) realizou uma vistoria na Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), em Teresina, na segunda-feira (9), e recomendou à Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) que transfira, com urgência, a unidade para outro prédio. De acordo com o CRM, a atual estrutura oferece risco de desabamento do forro.

Procurada, a Sesapi se manifestou por meio de vídeo (acima), onde o superintendente de Saúde Jeferson Campelo informou que um grupo de trabalho está sendo montado para analisar os detalhes da situação e chegar a um plano de ação.

"Nos deparamos com uma situação séria. Durante a vistoria, tivemos a impressão que ainda há risco de desabamento da cobertura interna de algumas áreas do piso superior. Inclusive, há o risco também de curto-circuito e incêndio", afirmou a conselheira Ana Cláudia Louçana.

Com base nos pontos observados, o CRM-PI solicitou um parecer do Conselho Regional de Engenharia (CREA-PI). Em reunião com a direção da MDER, o CRM-PI abordou questões como o fluxo de pacientes, superlotação, medicamentos, insumos, manutenção de aparelhos, a necessidade de concurso público e dos salários de funcionários e médicos.

"Pediram um prazo de sete dias para propor uma solução. Nós vamos encaminhar a cópia do nosso relatório de vistoria para o Ministério Público, para o governador, para a Sesapi e para a direção da maternidade", informou a conselheira.

O superintendente de Saúde da Sesapi relatou que a maternidade está sobrecarregada e que, juntos, os gestores vão analisar a situação e tomar as decisões necessárias. "Precisamos envolver todos nesse processo para que a gente possa trabalhar juntos e ter um resultado satisfatório", disse.

"Vamos tratar de mudança de processo, aprimoramento da gestão, diminuição de desperdício e, sobretudo, trabalhar um ponto fundamental que, ao meu ver, é o mais crítico no momento, que é a regulação", completou Jeferson Campelo.

O superintendente acredita que a Fundação Municipal de Saúde (FMS) deve ser envolvida na questão. "A FMS tem uma participação efetiva na regulação do município. Envolvendo todos esses entes temos a convicção de que podemos chegar a um resultado que é a melhoria do atendimento", disse. A FMS e a fundação disse que não iria se manifestar sobre o assunto.

Setores alagados durante chuva

Vários setores da maternidade ficaram alagados durante as chuvas registradas no início de outubro. Registros feitos por funcionários mostram grande quantidade de água caindo do teto no chão, sobre camas e mesas de salas de parto e alojamentos da unidade.

A assessoria de comunicação da maternidade confirmou a situação e informou que os problemas foram "pontuais" e que os reparos já estão sendo feitos. Segundo a assessoria, duas mães e seus bebês tiveram de ser retiradas dos leitos e realocadas em outros setores da maternidade.

Interdição ética

CRM-PI realiza interdio parcial do Maternidade Evangelina Rosa   Foto: Lucas Marreiros/G1 PI

A unidade de saúde passou quase um ano sob interdição ética, entre 2018 e 2019, feita pelo CRM, após a detecção de vários problemas, desde infraestrutura precária até falta de equipamentos e medicamentos e escassez de profissionais.

A Justiça Federal chegou a determinar reforma e concurso imediatos para suprir as necessidades do local. A unidade só foi desinterditada em novembro de 2019, depois de reforma em alguns setores e reposição do material que estava faltando.

 

 

Bianca Viana

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