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  03:12

Prefeitura de Teresina será processada por estupro de aluna dentro de escola, diz advogado

Uma garota de 13 anos com microcefalia e atrofia cerebral foi estuprada dentro do Escolão do Mocambinho

 

O município de Teresina, através da Secretaria Municipal de Educação (Semec), poderá ser condenado pelo estupro da aluna M.E.T.G, de 13 anos, ocorrido em março deste ano nas dependências do Escolão do Mocambinho, na zona Norte de Teresina. Além de menor de idade, a vítima é portadora de microcefalia e paralisia cerebral.

De acordo com o advogado da família da vítima, Eduardo Siva Neto, o município será condenado porque o crime ocorreu dentro de uma escola pública da rede municipal e foi praticado por um agente que presta serviço na escola. "Sexta-feira agora, dia 21 de agosto, nós tivemos uma audiência de oitiva de testemunhas.

O estupro de fato ocorreu, os laudos periciais comprovam o crime e a família passa por um abalo emocional muito grande. A menor vítima desta barbárie passa por transtornos psicológicos, atualmente é uma criança triste, uma criança que se resguarda com medo de pessoas, é uma criança que toma cinco ou seis banhos por dia por se achar suja e só dorme na companhia da mãe, avó ou irmã. A justiça será feita e o culpado irá sim pagar por esse crime bárbaro", disse o advogado.

O caso corre em segredo da Justiça até mesmo para preservar a família. Até o momento, sabe-se que o principal suspeito de cometer uma série de abusos contra a menor é um pastor evangélico da Igreja do Fundamento dos Apóstolos e Profetas Restituída identificado como Paulo Henrique de Oliveira Candido, que na época do crime prestava serviço como cuidador da criança durante o período de aula. O suspeito retirava a menina da sala de aula no início da tarde e a devolvia no final da tarde.

Ele usava o pretexto de retirá-la da sala para submetê-la a cuidados necessários. A partir daí, Paulo Henrique levava a garota para outro local da escola, onde cometia os abusos. O cuidador foi preso preventivamente no dia 26 de março, em Teresina, após laudos periciais comprovarem que a menina foi vítima de estupro. A primeira audiência de instrução e julgamento ocorreu na sexta-feira (21/08) e foi conduzida pela juíza Lisabete Maria Marchetti, da 6ª Vara Criminal da Comarca de Teresina.

A vítima, testemunhas e réu foram ouvidos. Na audiência, o Ministério Público pediu investigação sobre a conduta de todos os funcionários da escola para saber quem está envolvido no crime e apurar a conduta da Semec. Paulo Henrique está recluso em uma unidade do sistema penitenciário do Piauí, onde deve permanecer até o julgamento final do caso.

Alecio Rodrigues

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