Facebook
  RSS
  Whatsapp

  02:40

Transposição da água do açude Caldeirão para Pedro II causa polêmica em Piripiri

A Defesa Civil propôs puxar água do açude Caldeirão para o açude Joana em Pedro II, que está com 25% de sua capacidade.

 Foto: Reprodução

Uma proposta de transferência de água do açude Caldeirão em Piripiri para Pedro II, na região Norte do Piauí, tem ocasionado diversos debates. Os piripienses temem ficar desabastecidos caso a adutora de engate seja realizada.  

 

A Defesa Civil propôs puxar água do açude Caldeirão para o açude Joana em Pedro II, que está com 25% de sua capacidade, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Lá, a população não é atendida por carro-pipa. Enquanto isso, em Piripiri o Caldeirão está com 75% e a população diz que não quer ceder água para Pedro II, já que 800 famílias vivem do caldeirão, através da piscicultura e pesca.

 

O Dnocs também questiona e diz que o recomendável seria apenas reformar as paredes do Açude Joana. Se a proposta sair do papel devem ser retirados 250 mil metros cúbicos de água por dia.

 

Segundo o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), esta discussão está bem adiantada. O diretor da Defesa Civil, Vitorino Carvalho, explica como será esta transferência. "Na prática, a adutora de engate é uma situação emergencial e colocada em  em algumas situações dependendo da necessidade do que acontece hoje, o município de Pedro II é abastecido pelo açude Joana, que está com a capacidade muito baixa e difícil de captação de água para suprir a necessidade do povo", disse.

 

Para o diretor, a melhor alternativa para mudar esta realidade é o açude caldeirão com volume de água suficiente e a adutora de engate numa situação emergencial.

 

"Ela levaria água de Piripiri para Pedro II, sem comprometer os agricultores e abastecimento dos moradores. Não há risco porque o Caldeirão está localizado na região onde há uma capacidade de chuva mais elevada com 70% da sua capacidade, enquanto os demais estão com 10%", comentou.

 

Carvalho também comentou que nos municípios onde os moradores enfrentam a falta de água, o problema está sendo resolvido de forma paliativa com a operação carro-pipa. Ele admite que não é suficiente, mas destaca ser a alternativa mais viável.

 

Fonte: G1/PI

Por Otávio Neto

Mais de Cidades