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  18:26

Mortes violentas de mulheres cresce no Piauí, diz mapa da violência

Teresina ocupa a sexta menor posição dentre as capitais quanto ao percentual de mortes violentas.

 

Em dez anos, entre 2003 e 2013, as mortes de mulheres em Teresina aumentaram 84,6%. O percentual é o 10º maior do Brasil, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Mapa da Violência: Homicídios de Mulheres no Brasil. Enquanto em 2003 foram 13 mulheres mortas, dez anos depois 24 mulheres foram assassinadas.

 

De acordo com a publicação, em Teresina foram registradas - no ano de 2013 - 5,5 homicídios para cada 100 mil mulheres. Com isso, Teresina ocupa a sexta menor posição dentre as capitais quanto ao percentual de mortes violentas. O aumento proporcional foi de 65,1%. O estado do Piauí teve 32 mortes em 2003 e em uma década o número saltou para 47 homicídios. O aumento em números absolutos foi de 46,9%. 

 

Proporcionalmente, o estado do Piauí apresentou aumento de 34,5% no mesmo período, tendo o 14º maior crescimento entre os estados. A taxa de mortes de mulheres no Piauí é a menor do Brasil e divide a colocação com o estado de São Paulo. Ao todo, foram 2,9 mortes a cada 100 mil durante o ano de 2013.

 

A base para os dados publicados pelo Mapa é o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS). 

 

 

Os meios empregados para as mortes de mulheres, o local onde foram mortas e o perfil dos agressores difere entre mortes de homens e mulheres. A arma de fogo é a mais utilizada em ambos os casos, mas a mulheres são mais vítimas de assassinatos por sufocamento (6,1% contra 1,1% em casos de homens vítimas). O local mais frequente de morte entre os dois gêneros também coincide, que é a via pública. Contudo, as mulheres morrem mais em seus domicílios que os homens. Enquanto 27% das vítimas femininas morreram em suas residências no Brasil, em 2013, 10% dos homens foram mortos onde moravam. 

 

Entre as vítimas do sexo feminino os agressores em geral são os parceiros e ex-parceiros (35,1%, com especial concentração na faixa jovem: 43,1%), entre as vítimas masculinas, os mesmos apresentam uma baixa incidência como agressores (15%); aqui, se destacam os amigos e colegas
como fonte de conflito (27,1%).

 

A base para os dados publicados pelo Mapa é o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS). 

 

Fonte: Cidade Verde

Por Otávio Neto

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