Facebook
  RSS
  Whatsapp

  01:20

Marcha das Margaridas mobilizou 100 mil trabalhadoras do campo de todas as regiões do país

Margaridas seguem em marcha por desenvolvimento sustentável com democracia, justiça, autonomia, igualdade e liberdade.

 Não é um abraço [no Congresso]. É um arrocho.

A 5ª edição da Marcha das Margaridas aconteceu na quarta-feira (12), em caminhada pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, um ato que mobilizou trabalhadoras do campo de todas as regiões do país.  A Marcha das Margaridas é realizada a cada quatro anos em Brasília.

 

O nome faz referência à líder sindical Margarida Maria Alves, da Paraíba, que morreu assassinada pelo marido na frente dos filhos em agosto de 1983. O objetivo do protesto é chamar a atenção para a luta pela reforma agrária, igualdade de direitos e o fim da violência contra a mulher, a defesa da soberania alimentar e nutricional e a construção de uma sociedade sem preconceitos, sem homofobia e sem intolerância religiosa. Neste ano, a organização incluiu na pauta a defesa da democracia, rechaçando as tentativas de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

 

Uma das coordenadoras do movimento, Carmen Foro disse considerar o evento "um dia para a história do Brasil". "São companheiras com muita consciência de classe. Mulheres com muita força que vêm de todos os cantos de um país continental."

 

A Marcha das Margaridas é coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e outras onze entidades parceiras. O evento foi criado em homenagem a Margarida Maria Alves, assassinada em 1983 por um latifundiário que se sentia ameaçado pela luta constante da ativista. Ela era presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Alagoa Grande, na Paraíba, e morreu com um tiro de espingarda no dia 12 de agosto, aos 50 anos.

 

Por mais de dez anos à frente do sindicato, Margarida lutou pelo fim da violência no campo, por direitos trabalhistas como respeito aos horários de trabalho, carteira assinada, 13º salário, férias remuneradas. Margarida dizia que “É melhor morrer na luta do que morrer de fome.”

Maíra Streit (Forum)