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  15:08

Mais uma mulher morta cruelmente por motivo fútil

"Estrangulei com minhas próprias mãos. Comprei chumbinho, veneno de rato, porque eu queria morrer abraçado com ela. Fiquei com ela morta dois dias" confessa friamente o assassino

 

“A pessoa tem de ter o direito de poder terminar uma relação. Vou lutar pela justiça porque isso não pode ficar impune. Se ele for solto, outra mulher pode estar em perigo. Infelizmente nós mulheres ainda somos frágeis. Acreditamos no amor e ele foi um dissimulado, frio e calculista". "Minha vida foi junto com a da minha filha, mas Deus vai me dar força para lutar pela justiça e que esse monstro não fique impune", essas são as palavras da mãe de Ana Carolina, morta pelo o ex-namorado,  que soma mais uma mulher assassinada nas estatísticas que não param de crescer.

 

Ana Carolina, ex-dançarina da banda de forró Aviões, também disputou concurso para o ballet do Faustão, cearense foi embora para São Paulo para tentar a vida de modelo e fugir de um relacionamento doentio. Carolina foi encontrada morta no dia 04 de novembro, em seu apartamento, segundo as informações da Polícia, ela teria sido estrangulada há dois dias atrás, pelas as mãos de seu ex-namorado que confessou o crime por ciúmes e por nunca ter aceito o fim do relacionamento.

 

Como o caso de Carolina, a imprensa noticia milhares e milhares de casos semelhantes, parece que em pleno século XXI, o machismo ainda não morreu, é claro e está vivo, enorme, saudável, parrudo e muito bem armado, ainda que jamais poderá voltar a andar pelas ruas desse Brasilzão com a mesma cabeça e a alma tranquila.

 

O machismo por dentro anda cabreiro, de vez em quando olha para os lados e titubeia. Não raro pensa em cruzar a rua se vê alguma movimentação estranha, achando que talvez alguém ali vá mexer com ele e, quando está sozinho, passou a fechar as mãos em punhos com as chaves de casa entre as juntas dos dedos em caso de ataque. Está certo ele: Não, mas nós mulheres precisamos lutar para mudar tudo isso, e cadê as leis? Precisamos denunciar e torná-las mais rígidas, e o cumprimento mais eficaz para esses homens machistas e de mentes doentia, para que não possam ficar impunes.   

 

Apesar dos avanços nas lutas travadas por melhores políticas públicas e legislativas em favor das mulheres, em termos de resultados práticos (preventivos) as comemorações são pífias (porque continuam aumentando os homicídios contra as pessoas do sexo feminino).

foto: reprodução facebook