Facebook
  RSS
  Whatsapp

  05:25

Moto com placa clonada de Campo Maior leva cliente, advogado e empresário para a cadeia

 Com informações do G1

Uma investigação das Policias Militar, Civil e Rodoviária Federal de Parnaíba, no litoral do Piauí, terminou com a apreensão de quatro automóveis, uma motocicleta, um advogado e sua cliente e um empresário. O desfecho terminou nessa segunda-feira (21/01), mas iniciou no sábado, quando dois carros com placas adulteradas foram apreendido.

As investigações levaram a polícia à casa de Francisca Patrícia Veras da Silva. Ela acabou sendo presa ontem, segunda-feira, no conjunto habitacional Dunas. Com ela, a polícia ainda encontrou uma motocicleta de cor preta, mas que foi adesivada de branco para enganar a fiscalização. Ela possuía placa adulterada como se fosse da cidade de Campo Maior.

Patrícia vendeu os dois veículos, apreendidos no sábado, por R$ 60 mil.

"Ela sacou o dinheiro da venda dos carros e hoje a encontramos em casa, com uma moto com registro de roubo de Parnaíba", contou o tenente Sousa Filho, da Polícia Militar de Parnaíba

O DESENROLAR DA OPERÇÃO

Depois de presa, Patrícia acionou seu advogado Nertan de Sousa Mota, que é ex-policial civil. Os policias acabaram fazendo uma busca no carro do advogado e foi constatado que o veículo também era clonado. O veículo modelo Onix, cor preta, tem placa POW-2106 de Barbalha/CE, mas a placa verdadeira é de Euzebes/CE. O advogado acabou preso em flagrante.

A polícia chegou ainda ao empresário Martônio Cunha Pinho, que também foi preso em um lava-jato localizado no bairro Canta Galo, Parnaíba. Ele estava com uma Strada com placa e Chassi adulterados.

Uma quarta pessoa, identificada por Fabão, esposo de Patrícia, conseguiu fugir do cerco policial.

Para a polícia, todos os automóveis teriam sido roubados no estado do Ceará, clonados e em seguida vendidos como se não tivessem restrições. A motocicleta foi roubada em Parnaíba.

Na Central de Flagrantes de Parnaíba, Patrícia e Martonio foram autuados por receptação. Já o advogado Nertan Mota irá responder pelos crimes de receptação e uso de documento falso. Segundo a delegada Fernanda Novaes, no caso desse último não cabe fiança.

Para o tenente Sousa Filho, o veículo contém elementos que são padrão de fábrica e podem ajudar na identificação do carro. Contudo, a clonagem é tão perfeita que apenas um especialista consegue identificar, segundo a polícia.

"A clonagem de veículos pode ser feita no estado de origem, com a adulteração no Piauí. Aqui eles esquentam a documentação, somente um perito consegue reconhecer. Mas pelo valor o comprador percebe que é roubado", destacou o policial.

Da Redação

Mais de Cidades