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  18:47

Superintendente, auditores e empresários da SEMAR-PI são presos por negociarem licenças

 Fabrício Napoleão Andrade é auditor da SEMAR e foi um dos presos. Fonte: G1

Sete pessoas foram presas nesta quinta-feira (30) na Operação Natureza, da Polícia Civil do Piauí, por desvio de recursos públicos no valor de R$ 3.129.236,04. Os presos são Carlos Moura Fé (superintendente de meio ambiente), Fabrício Napoleão Andrade, Daniele Melo Vieira (auditores), Carlos Alberto do Prado Tenório, Tiago Maximiano Junqueira, Ivoneta Gontijo dos Santos e César Luis Barros dos Martírio Moura Fé (empresários). Segundo a polícia, este último empresário é primo do superintendente.

Carlos Moura Fé, superintendente de meio ambiente, Foto: Lucas Dias/GP1

Empresário César Luis Barros dos Martírio Moura Fé

Daniele Melo Vieira

Tiago Maximiano Junqueira é produtor de soja, eucalipto, milho, arroz e feijão em Regeneração - Fazenda Chapada Grande

Os crimes foram corrupção ativa, corrupção passiva, associação criminosa, advocacia administrativa, além de crimes ambientais. A polícia informou que não havia um comando no esquema, todos participavam ativamente das operações.

A delegada Rejane Piauilino, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), explicou como funcionava o esquema. "Alguns empresários tinham acesso a servidores da Semar e teriam pago propina para eles, em troca de licenciamentos ambientais e outros documentos. Algumas empresas são de carvoarias, de plantação de eucalipto, dentre outras", explicou.

As investigações foram iniciadas em 2015, por meio de uma denúncia anônima feita à Polícia Federal e, posteriormente, encaminhada ao Greco, para apurar crimes praticados por servidores da Semar, como desvio de verbas públicas, o uso irregular de bens públicos, emissão de licenças ambientais de forma irregular, dentre outros. A SSP informou que ações dos investigados ocorriam desde 2012.

"Nós pedimos quebra de sigilo bancário, comum em casos de crimes de corrupção, para poder comprovar o envolvimento. Temos aí também o crime de associação criminosa, porque não tem um chefe que comanda, são várias pessoas envolvidas para cometer os crimes. Eles precisavam de licença ambiental para desenvolver o ramo deles, como as carvoarias. Vimos então que havia cobrança de propina que envolvia todos os servidores, todos tinham conhecimento das solicitações", informou a delegada.

 

Da Redação

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