A cidade de Campo Maior, a 82 km ao norte de Teresina, tem 9 (nove) bairros e uma população de 9 mil habitantes em áreas consideradas de risco. A informação foi repassada ao Em Foco pelo Superintendente da Defesa Civil Municipal, Edilson da Vargem. Além de situações já vividas em períodos anteriores, a informação se baseia em acompanhamento contínuo da Defesa Civil de Campo Maior, além de dados do Sistema de Alertas Hidrológicos (CPRM).

Segundo Edilson, 11 (onze) funcionários fazem monitoramento diariamente das regiões consideradas de risco. A Defesa Civil também já acionou, preventivamente, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Exército e Polícia Rodoviária Federal, além das secretarias municipais, para, caso houver necessidade, as intituições entrar em ação.

“São parceiros que sempre estiveram conosco quando precisamos. Então, já estamos fizemos contatos e dialogamos sobre os níveis de chuvas que tem caindo no município, com uma previsão de aumentar no mês de março” disse Edilson.

As áreas consideradas de riscos são: bairro de Flores, de Lourdes, parte do Centro, Califórnia, Matadouro, Santa Cruz, Vila Papi, Parque Estrela e bairro Paulo VI. 

ALGUNS MORDADORES INSISTEM EM MORAR NAS ÁREAS DE RISCO

O Superintendente destacou que em muitas áreas, moradores insistem em construir casas em locais que alagam no período de chuvas. “Várias famílias já foram retiradas das áreas de riscos nesses bairros, mas sempre voltam. Hoje, inclusive, tem alguns moradores que nem podem mais participar de programas sociais de habitação, porque receberam casas e venderam” disse Edilson.

Existem áreas, como o Parque Estrela, conjunto habitacional recem surgido na cidade, que foram algumas construções sem levar em conta local de escoamento dágua, que acabaram provocando alagamento de outras áreas no bairro.  

Na segunda-feira (19), a prefeitura anunciou que foi criada uma Comissão de Combate e Prevenção aos efeitos das chuvas e enchentes na cidade de Campo Maior. A comissão será coordenada pela Defesa Civil e composta pelas Secretarias de Infraestrutura, Saúde, Limpeza Pública, Habitação e Assistência Social.

DESDE 2009 NÃO ERA REGISTRADO O NÍVEL DE CHUVAS EM CAMPO MAIOR 

Dados da Defesa Civil de Campo Maior apontam que o acúmulado de chuvas no município chegou a 300 milímetros, entre janeiro e fevereiro de 2018. Índice semelhante foi registrado pela última vez, no município, em 2009, quando vários bairros foram alagados e mais de 400 famílias foram desabrigadas (foto abaixo). O mês de março promete aumentar a regularidade das chuvas, segundo o órgão.