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  15:06

Piranha é condenado a 33 anos de prisão por estupro e morte de criança

 

O Tribunal Popular do Júri condenou o acusado Antônio Francisco Vieira da Silva, o “Piranha” a 33 anos e 4 meses de prisão em sessão realizada nesta quarta-feira (04/10). Ele é autor do estupro e do homicídio praticado contra Franciele da Silva Santos, de 9 anos de idade, em janeiro de 2015 na comunidade Porção, em Campo Maior. (VEJA COMO FOI O JULGAMENTO AQUI)

Em cinco horas de duração, os jurados ouviram cinco testemunhas, interrogaram Piranha e assistiram a apresentação da acusação e da defesa. As testemunhas relaram como foi o dia do crime na comunidade e o cenário que encontrara. Elas relataram a boa conduta de Antônio Francisco na vizinhança até então e o que souberam da morte da garota.

O depoimento de Maria Francisca, tia de Franciele, comoveu o tribunal e o público que acompanhava o júri. “Era uma garota linda. Tinha o sonho de ser enfermeira. Nunca ficou reprovada na escola. Gostava de brincar com as bonequinhas dela. Nem em namorar ela pensava e foi morta desse jeito”, chorou.

No banco dos réus, Piranha voltou atrás do depoimento dado no dia em que foi preso pelo crime. Aos policiais, ele disse que estuprou Franciele e a matou com medo que ela contasse para família. Na presença dos jurados, ele disse não lembrar de ter cometido o estupro e em seguido matado a vítima. “Eu não lembro. Estava muito bêbado”, disse.

O promotor Luciano Lopes defendeu diante do júri que Piranha deveria ser condenado pelos crimes de estupro de vulnerável e homicídio triplamente qualificado, no qual a pena é maior. A defensora pública Dayana Sampaio, por sua vez, pediu aos jurados que levassem em consideração que o acusado teve a intenção de estuprar, mas não de matar a criança. O júri entendeu que ele estuprou e teve a intenção de matar.

Entenda

Piranha saiu de uma seresta em janeiro de 2015, invadiu a casa da criança e a tirou de dentro do quanto onde dormia. Longe da residência, manteve relação anal e vaginal com a vítima. Logo em seguida a espancou e colou a cabeça da Franciele dentro de uma poça d’agua. O laudo da perícia constatou presença de material genético na garota e atestou a morte por afogamento.

Por Otávio Neto

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