“Só celebridades vão se eleger”, critica Regina Sousa aprovação do distritão
A senadora esteve em Campo Maior na abertura do curso sobre gênero e defesa da mulher
Na abertura do curso de extensão sobre gênero e violência contra a mulher, na noite desta sexta-feira (11/08), em Campo Maior, a senadora Regina Sousa criticou a aprovação do sistema “distritão” na Comissão Especial da Câmara que analisa a proposta de reforma política. A petista acredita que esse sistema eleitoral diminui a representatividade das mulheres.
“O homem domina todos os espaços. Ninguém tem culpa. É cultura. Ele aprendeu assim. É preciso dividir esse espaço melhor. E se aprovar aquela reforma que está lá (na Câmara) do “distritão” aí é que mulher não vai ter mais vez. Se aquele projeto de reforma política for aprovado só celebridade vai se eleger”, disse a senadora.
No sistema “distritão”, deixa de valer o voto em legenda e em coligações. O eleitor vota num candidato a vereador, deputado estadual e deputado federal. Os mais votados vencem a disputa. Caso seja aprovado no congresso, as eleições para cargos do legislativo se tornam idênticas ao executivo (majoritária). O texto aprovado na comissão segue para o plenário da Câmara.
Defesa da Mulher
O curso Gênero e Defesa da Mulher - realizado pela Coordenadoria de Políticas para as Mulheres de Campo Maior e a subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB- Campo Maior) - acontece até a próxima sexta-feira (18/08) com palestras e debates. O evento reúne estudantes universitários do município.
Na abertura nesta sexta, a senadora Regina Sousa defendeu que a saída para solução da violência contra a mulher é a educação. “Só se resolve o problema da violência contra a mulher no dia que for discutido com os homens. Não basta debater com as mulheres. Tem que trazer os homens pra discussão. E a saída é a educação, não tem jeito. Tem que educar pra não sentir vontade de agredir”, defendeu Regina.
A Subsecretária de Segurança Pública do Piauí, delegada Eugênia Vila, apresentou o aplicativo Salve Maria como uma das formas avançadas de denunciar casos de violência. “É o único Estado do Brasil que possui essa ferramenta. Você baixa o aplicativo no celular. No dia que souber ou ver uma mulher sendo agredida você abre o aplicativo aperta o botão e em pouco tempo uma viatura da polícia chega ao local”, explicou.
O curso segue de segunda até a sexta da próxima semana. Os debates acontecem às 18h no auditório da Universidade Estadual do Piauí em Campo Maior.
Por Otávio Neto
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.