Facebook
  RSS
  Whatsapp

  03:55

Gás de cozinha em Campo Maior é o segundo mais caro do nordeste

Uma das revendedoras de Campo Maior lucra R$ 28,00 na venda de apenas um botijão

 Foto: Reprodução

Comprar gás de cozinha em Campo Maior pesa cada vez mais no bolso dos consumidores. No último mês de junho, o valor do botijão de 13Kg saltou de R$ 69,00 para R$ 72,00. Com acréscimo de 3 reais, o gás no município se torna o mais caro do Piauí e o segundo mais caro da região nordeste.


O levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado na semana passada, analisou o preço do gás nas cidades de Campo Maior, Parnaíba, Picos, Piripiri e Teresina. O menor valor foi constatado em Teresina, onde o produto é encontrado por R$ 53,00. O preço mais alto, por sua vez, é o de Campo Maior. 


No município, a ANP pesquisou três revendedoras. Duas delas comercializam o gás por R$ 72,00, enquanto outra por R$ 71,00. A diferença nos preços também é o menor do Estado. Em Picos, por exemplo, o botijão custa R$ 60,00 numa revendedora e R$ 55,00 em outra. 

 

Valores cobrados em cidades do Piauí (Foto: ANP)

 

Uma das revendedoras de Campo Maior lucra R$ 28,00 na venda de apenas um botijão. Os dados mostram que a empresa compra o gás da distribuidora por R$ 44,00 e revende por R$ 72,00. Uma outra empresa compra por 46 reais e revende pelo mesmo valor da concorrente. 


O Em Foco comparou o preço de Campo Maior com de outras cidades da região nordeste. E, descobriu: “O gás de cozinha de Campo Maior é o segundo mais caro do nordeste”. Só perde para a cidade de Balsas-MA, aonde o valor chega a R$ 75,00. 

 

Balsas-MA e Campo Maior cobram o maior valor (Fonte: APN)

 


Porquê?
Ao Em Foco, o presidente do Sindicato das Revendedoras de Gás do Piauí, Wellington Nunes, explicou que não existem normas que estabeleçam um valor exato para venda. “As revendedoras são livres para fixar o preço do gás. Não há normas. Nada que diga que o preço deve ser aquele. Coloca-se o preço que o revendedor acha ideal. Agora, existem disparidades grandes de uma cidade para outra”, diz. 


“O sindicato não pode interferir. Mas a população pode procurar o PROCON ou o Ministério Público e requerer seus direitos. Em Caxias-MA o preço era muito alto, a população se mobilizou e o preço caiu consideravelmente”, sugeriu. 


PROCON e Ministério Público
A reportagem procurou o PROCON e o Ministério Público de Campo Maior. Os dois órgãos afirmaram que não possui nenhuma denúncia com relação ao alto valor cobrado no botijão de gás. Mas explicam que qualquer consumidor pode denunciar a prática abusiva nos preços. 

 

Por Otávio Neto

Mais de Cidades