Facebook
  RSS
  Whatsapp

  11:01

“A pessoa que pensa em suicídio não está louca”, diz palestrante em Campo Maior

 Coordenador do Centro de Valorização da Vida Eyder Mendes

O jogo Baleia Azul e a série da netflix 13 Reasons Why chamam atenção para casos de suicídio entre adolescentes desde o início do ano. Em Campo Maior, a demanda de atendimentos a jovens apresentou um alto crescimento e preocupa profissionais da saúde e educação. São nas escolas de onde partem o maior número de chamados por ajuda. 


A precaução levou Silvana Orsano, diretora da Escola Municipal Raio de Esperança, a promover uma roda de conversa sobre o tema. Na tarde da última quarta (24), alunos com idade entre 13 e 15 anos participaram de um bate papo com o coordenador do Centro de Valorização da Vida (CVV) Eyder Mendes. 


“Nós temos alguns casos de adolescentes deprimidos e como educadores percebemos muitas das vezes antes da família. Dessa forma pensamos numa forma de falar sobre a saúde da mente para ajudar não só aqueles que precisam de ajuda, mas mostrar a toda comunidade escolar como evitar chegar num estágio mais avançado da doença”, explica Silvana. 

 


O palestrante comenta que o objetivo maior desse tipo de encontro é discutir construtivamente o suicídio e fazer as pessoas a buscarem ajuda. Eyder comenta que 90% dos casos de suicídio são evitáveis se a pessoa tiver disponibilidade de procurar ajuda. Para ele, recorrer a um psicólogo é um sinal de força e não de fraqueza. 


“Procuramos também desconstruir um mito de que a pessoa que pensa em suicídio está "louca". Na realidade ela está apenas desequilibrada emocionalmente, mas não com problemas mentais. Ninguém na realidade quer se matar, mas na realidade pretende é se ver livre de uma dor emocional muito grande. Só que às vezes a única solução que parece viável é a morte”, afirma. 


Eyder Mendes alertou ainda sobre a importância das pessoas ouvirem umas as outras, de forma solidária de oferecer um ombro amigo. “Sempre ressalto que essa ajuda tem que ser feita com sinceridade, com uma verdadeira disponibilidade de coração! Sabendo escutar o outro e sabendo, também, como falar e o quê falar”, finaliza. 

 

Onde buscar ajuda - Centro de Valorização da Vida (CVV) - Tefefone: 3222-0000

Por Otávio Neto

Mais de Cidades