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  14:49

Hospitais do interior do Piauí estão há mais de sete anos sem reformas

Em audiência, MP-PI cobra, investimentos por parte do Governo do Estado. Sesapi se comprometeu a dar auxílio financeiro e estrutural aos municípios.

 Fonte: G1 e MP. Foto do HUT em Teresina

No Piauí, muitos hospitais estão sem qualquer reforma, ampliação e aquisição de novos equipamentos há mais de sete anos. A denúncia foi feita pelo Conselho Municipal de Secretários de Saúde do Estado (Cosempi) em audiência pública na sede do Ministério Público do Piauí, em Teresina, intermediada pela promotora Claudia Seabra. Prefeitos e gestores da saúde participaram da reunião que aconteceu nesta quinta-feira (17).

 

“Temos dificuldades não só de recursos financeiros, mas também de qualificação de pessoal. A estrutura física da grande parte dos municípios do Território entre Rios (mais de 1 milhão de habitantes) sem reforma há mais de sete anos”, afirmou Leopoldina Cipriano, presidente do Cosempi.

 

Os prefeitos afirmaram que com baixos repasses, os hospitais correm o risco de pararem de vez de atender à população. De acordo com o prefeito de Monsenhor Gil, Francisco Pessoa, nem mesmo um parto normal o hospital da cidade é capaz de realizar, o que sobrecarrega os centros de saúde de Teresina.
“Nós só recebemos R$ 11 mil como todos os outros hospitais pequenos. Não temos estrutura e condições de realizar um parto cesariano ou uma cirurgia até porque não temos também uma sala de parto montada”, relatou.

 

O Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), se comprometeu a dar o auxílio financeiro e estrutural necessário aos municípios.

 

"A proposta que está se construindo não é buscar bloqueio de repasse. O que a Sesapi quer é criar condições para que essa parceria entre os municípios e o Estado dê certo para viabilizar condições de aumentar o grau de resolutividade”, assegurou Francisco Costa, secretário estadual de Saúde.

 

Ao fim da audiência, ficou firmado que os promotores dos municípios vão ser responsáveis por fiscalizar a contrapartida do governo estado nos hospitais municipais de pequeno e médio porte.

 

“Nós ouvimos as dificuldades das cidades para melhor estruturar as maternidades e queremos o compromisso do Estado para cada um desses hospitais em termos de financiamento, recursos humanos e equipamentos”, arrematou a promotora Cláudia Seabra, Coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde.

 

Participaram da reunião, representantes da gestão pública e Promotores das seguintes cidades: Água Branca, Altos, Barras, Demerval Lobão, José de Freitas, Miguel Alves, Palmeirais, Regeneração, São Pedro, União e Teresina.

Da Redação. campomaioremfoco@hotmail.com

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