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  23:27

EXCLUSIVO: Profissionais da saúde levantam três hipóteses para morte de Criança em Campo Maior

Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e estudantes de medicina foram ouvidos pela reportagem. Alguns estiveram no local do ocorrido.

 Mãe exibe a prescrição médica; Imagem chocante foi registrada pelo G1

Desde que a criança Sara Valentina Alves Nascimento de 01 ano e 07 meses faleceu após ser medicada no Hospital Regional de Campo Maior (HRCM) na manhã desta terça-feira (01/09), a reportagem do Em Foco tem conversado profissionais que estão ligados diretamente a saúde no município e, inclusive alguns que estiveram acompanhando o caso de perto, entre eles estão médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e estudantes de medicina, que terão seus nomes preservados pelo Site.

 

Pelo menos três hipóteses são levantadas. A primeira é de erro médico, a segunda de erro na administração da medicação, ou seja, no momento de aplicar o medicamento e a terceira fatalidade sem culpados, isto é, que a criança veio a óbito por outros motivos ainda desconhecidos.

 

Mas de acordo com informações repassadas ao site, a tese que poderá pesar mais é a de erro na hora de aplicar a medicação. Segundo o que foi apurado pela reportagem, a dose aplicada na menina teria sido de forma excessiva. A dose até para adulto era considerada elevada.

Prescrição médica diz que deveria ter sido aplicada uma dose de 0,6 cc de dipirona

 

O erro pode não ter sido da médica plantonista, já que a prescrição estaria correta. A médica teria orientado que fosse aplicada uma dose de 0,6 cc (centímetros cúbicos), ou seja, 0,6 ml de dipirona na criança, e a enfermeira que estava de instrutora das alunas estagiárias repassou para elas aplicarem, e acredita-se que houve o erro na dosagem. Ao invés de 0,6 cc, as estagiárias teriam aplicado uma quantidade de dipirona quase dez vezes superior, e a dose foi letal.

 

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde, mas a assessoria disse que ainda não poderia fornecer informações sobre a prescrição médica porque estava aguardando um contato da diretora do Hospital, Jardenia Ribeiro. Porém, a prescrição foi divulgada pela mãe da criança. A assessoria falou ainda que uma equipe do Hospital foi deslocada até a casa da criança para colher informações.

 

FAMÍLIA DESCARTA A TERCEIRA HIPOTESE

Na manhã de hoje a reportagem do Em Foco conversou com familiares de Sara durante o sepultamento da criança. Eles rejeitam veementemente a hipótese de que a criança estava com alguma doença grave, como meningite, por exemplo. Adalto, tio da criança, se mostrou revoltado com o anúncio de que o hospital estaria cogitando que Sara estava com meningite. “Ela estava com uns dois dias com febre, e nós acreditamos que isso seja por que os dentes dela estavam nascendo e não tem nada a ver com meningite. Queremos que os culpados sejam responsabilizados”, disse.

 

IML VAI CONSTAR A CAUSA DA MORTE

 

Mas é somente o exame cadavérico realizado na noite de ontem (01) pelo Instituto de Medicina Legal (IML) que irá revelar o real motivo da morte de Sara. O prazo dado pelo órgão foi de dez dias, segundo informou a família.

 

Da redação com imagens de Ellyo Texeira do G1

Por Weslley Paz

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