Facebook
  RSS
  Whatsapp

  05:51

Piauí é o 3º em taxa média de mortes nos presídios em 2016

Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Goiás, Pará, Paraíba e Mato Grosso do Sul, todos acima de 20 mortes, lideram em números gerais

 Mortes em manaus, já este, ano, não entram no levantamento. Fonte: G1

O Brasil teve 379 mortes violentas registradas dentro dos presídios no ano passado. É o que mostra levantamento feito pelo G1 com base em dados fornecidos pelos governos dos 26 estados e do Distrito Federal. O número equivale a uma média de mais de um morto por dia, e os dados se referem a todas as mortes consideradas não naturais – o que inclui homicídios e suicídios.

 

O Ceará aparece na primeira posição do ranking, com 50 mortes. Parte delas ocorreu em apenas uma rebelião, no Centro de Privação Provisória de Liberdade (CPPL), em Itaitinga, cidade da Região Metropolitana de Fortaleza. Foram 14 assassinatos em maio, em decorrência de conflitos entre detentos. Houve uma crise com sucessivos casos pelo estado, e a Força Nacional teve de ser acionada.

 

Os números seguem com Pernambuco, Rio Grande do Norte, Goiás, Pará, Paraíba e Mato Grosso do Sul, todos acima de 20 mortes. 

 

 

Brigas de facções
Várias das mortes no ano passado foram motivadas por briga de facções. Em Boa Vista (Roraima), dez presos foram mortos e seis ficaram feridos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo em 16 de outubro. Um dia depois, em Porto Velho (Rondônia), oito presos morreram asfixiados em um incêndio na Penitenciária Estadual Ênio dos Santos Pinheiro.

 

Entre os casos mais graves, está o de uma série de rebeliões na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru (Pernambuco), que deixou seis mortes em julho. Dez ficaram feridos. Pavilhões foram incendiados e a cabeça de um dos presos foi encontrada no lixo. No presídio, com capacidade para 380 presos, havia 1.922. O estado aparece em segundo na lista com mais mortes violentas nos presídios em 2016: 43.

 

A situação tem se repetido neste ano em alguns estados, como na Paraíba. No Amazonas, a rebelião no Compaj logo após a virada do ano deixou, além dos 56 presos mortos, mais de 180 foragidos. Foram 17 horas de tensão. A suspeita inicial é que presos que integram a facção Família do Norte (FDN) tenham atacado membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), em um novo episódio da guerra entre a facção paulista e o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, pela disputa do controle do tráfico de drogas nacional. Apesar dos 56 presos mortos no sistema prisional do Amazonas neste ano, o estado teve apenas dez mortes em 2016 – menos de 1/5 das mortes registradas no 1º dia do ano em Manaus.

 

Taxa de mortes

A taxa de mortes violentas nos presídios brasileiro traz outros resultados. Quando dividido as mortes por grupos de dez mil, ou seja, o números de mortes pelo de habitantes carcerários, Raraima, que teve 15 mortes em 2016, lideram com 62,7%; o segundo estado é o Rio Grande do norte com 37,6% e o Piauí aparece em terceiro lugar. Por aqui foram 10 (dez) mortes, ou 28,7% da população carcerária do estado. 

 

Piauí lidera número de presos provisórios no Brasil

 

Da Redação. campomaioremfoco@hotmail.com

Mais de Polícia