Os sem terras que invadiram um terreno na região do extinto lixão de Campo Maior ainda aguardam o suposto proprietário da área apresentar a documentação provando a sua posse. “Ele mandou dois policiais aqui para dizer que o terreno tem documento, mas até agora não nos apresentou”, disse dona Vanda.

Mas segundo os mais velhos que conhecem toda a região, a história é outra e o terreno não é particular. O carroceiro Sérgio disse que o terreno pertence ao exército e que o empresário José Luiz Félix ampliou o cercado na época que seu irmão era prefeito. “O terreno dele era de um tamanho, mas na época que o irmão dele era prefeito, ele mudou o lugar do cercado aumentando o tamanho da terra”, comentou.

A sem terra Francisca disse que não tem lugar para morar e que Deus deixou terra para todos. “Se ele invadiu sozinho, porque nós não podemos também?” questionou acrescentando que “terra livre tem que ser ocupada por quem precisa”.

Os sem terra garantem que não vão deixar o local. Eles contabilizam que aproximadamente 400 pessoas estejam participando da invasão e que nenhum possui local para morar. A partir de segunda-feira os barracos começam a ser construídos.